sábado, janeiro 31, 2009, posted by # 7 at 15:00

A minha pequena não pára de nos fazer sorrir. Enquanto esperamos que o Gabriel nos presenteie com as suas primeiras palavras, vamo-nos divertindo imenso com as pronuncias que a minha estrelinha dá às palavras.

Aqui há tempos escrevi um post sobre a maneira dela de dizer tomate. Na altura era "omato". Claro que agora já evoluiu imenso. Nos dias que correm essa palavra passou a ser pronunciada como "comato". Uma evolução extraordinária, obviamente. A adição de uma nova letra na palavra é digna do reparo de que a pequena tem uma mente criativa.
Outra palavra engraçada é o "fapo", que quer dizer na realidade "sapo". Quando lhe digo para repetir comigo "sapo", ela até o pronuncia correctamente, mas basta distrair-se um pouco para voltar à forma inicial. Delicioso.

A última, que me trouxe um grande sorriso à cara, ou melhor, as últimas, foram o "faganhoto", para se referir a um gafanhoto que lhe saltou para o braço e o "passanete". Esta não me acredito que ninguém lá chegue só de ler a palavra. Refere-se ao sabonete. As últimas 4 letras estão no sítio certo e isso é que interessa, não é? Muito me ri eu ao ouvir a pequena a falar do "faganhoto" e do "passanete". É daquelas coisas que afastam temporariamente qualquer preocupação que possamos ter. É daquelas coisas que nos faz sentir bem em sermos pais.
 
domingo, janeiro 25, 2009, posted by # 7 at 21:57

Não são poucas as vezes que dou por mim a pensar se o facto de eu levar isto do exercício físico tão a sério não será algo abusivo.
Quando não faço nada fico irritado, triste e por vezes desesperado. Invento mil desculpas para ter aquela hora só para mim.

Ainda não investiguei a fundo, mas, há algumtemp, li qualquer coisa relacionada com este facto e parece-me que existe mesmo uma qualquer condição em que as pessoas se viciam no exercício físico.

Há pessoas que me dizem que abuso, que deveria treinar menos e não ser tão exigente, mas, após alguma reflexão, cheguei à conclusão de que estão todos errados.
Se eu passasse o meu tempo livre enfiado em bares e cafés, a consumir cerveja e tabaco, como parece ser moda e socialmente aceite neste país da treta, aí até perceberia que as pessoas me tentassem encaminhar noutro sentido.
Não acho que treine em excesso, aliás, se assim o fosse, já teria marcas bem melhores do que as que consigo obter.

Só peço uma hora por dia. Aliás, só peço que entendam que eu preciso disto para me sentir bem comigo mesmo.
Já tive muitos anos desperdiçados. Já fui o fracote muitas vezes, aquele que não conseguia correr tanto quanto os outros. Agora as coisas mudaram e eu gosto assim. Gosto de estar mais forte, mais ágil. Gosto de correr, pedalar e sim, de preferência todos os dias.

Não é como se estivesse a pedir dinheiro ou favores a alguém. Estou apenas a fazer o que gosto, o que me faz sentir bem comigo mesmo e o que me distrai dos problemas da vida.
Se é realmente um vício que tenho, não o quero largar. Quero deixar-me intoxicar por esta vontade de me mexer que aumenta de dia para dia.

Este é o meu objectivo, este é a minha adicção.
 
sábado, janeiro 24, 2009, posted by # 7 at 19:37
À partida seria de esperar que quando nasce o segundo filho, as tarefas inerentes à paternidade duplicam. À partida seria essa a ideia dos tempos que se aproximam.
Infelizmente é um erro pensar de tal modo. Isto porque não duplicam, mas sim, triplicam. É complicado organizar tudo o que se tem que fazer com os pequenos ao longo do dia. Não podemos dar excessiva atenção a um, para que o outro não sinta ciúmes. Há que ter tudo bem organizado, para estarmos sempre em cima do acontecimento e saber a todos os momentos o que anda a mais velha a fazer, enquanto se alimenta o mais pequeno.

Há dias, fiquei só em casa com os dois pequenos. Tive que organizar-me de modo a dar banho ao bebé, deitar a pequena, estar um pouco com ela, dar leitinho ao pequeno, enfim, tipo bola de ping-pong. Tudo complicado, mas de alguma forma concretizável. O pior foi que os dois jovens resolveram armar as birras das suas vidas. Acho que o pequeno chorava de fome enquanto que a pequena chorava porque ouvia o mano a chorar. Consequentemente, devido ao barulho crescente em casa, o pequeno sentia-se ainda mais irritado e gritava com todas as suas forças, ao mesmo tempo que a sua irmã fazia o mesmo, porque ela não gosta de ouvir o pequeno em sofrimento.

Resultado, dei por mim a falar sozinho com o chuveiro e um pouco zonzo de tanta gritaria. Não foi um dia fácil, ou melhor, uma noite fácil.
Se fosse o dia inteiro, creio que me encontrariam a desferir cabeçadas numa qualquer porta da casa.

Nem sei como há pessoas com 3 e 4 filhos pequenos. Eu dava em maluco. Espera, quem sabe se já não estou louco? Sintomas já tenho. O que será necessário para oficializar a demência?
 
terça-feira, janeiro 06, 2009, posted by # 7 at 12:17

Agora temos um novo problema cá em casa. Apesar de nos esforçarmos por não exagerar nas atenções ao pequeno Gabriel, a minha estrelinha sente necessidade de chamar a atenção toda para si.

Ela gosta muito do menino. Está sempre a dizer:"É o meu mano", "Não chora bebé", e sempre a pedir para dar um beijo e fazer uma carícia, mas a verdade é que ela mesma é ainda um bebé e apercebe-se de que as pessoas começam a vir cá mais para ver o Gabriel do que por ela.

Cá em casa não há tratamento preferencial. Há sempre tempo para beijos e brincadeiras com todos, e todos os dias tenho que tirar um tempinho para alinhar nas brincadeiras da minha pequena. Mesmo que seja para brincar às cozinhas e papinhas.

Mas é claro que apesar de todo o cuidado que temos, a estrelinha percebe que o espaço e atenção, que antes eram exclusivos dela, passaram agora a ser repartidos. Acho que é normal.
Todos os que cá vêm a casa, até podem estar um pouco a ver o bebé Gabriel, mas preparem-se porque a minha pequena vos vai arrastar para o quarto dos brinquedos e mostrar-vos tudo o que tem. Agora anda na fase do "Olha aqui, olha a Beatriz", e parece que vai ser assim por uns tempos.

É preciso é que ela continue sempre a gostar do mano e que eles sejam unidos no futuro.
 
segunda-feira, janeiro 05, 2009, posted by # 7 at 18:10
 
, posted by # 7 at 17:56
Apercebi-me agora que comecei a escrever neste pequeno canto virtual há já dois anos.
Para ser sincero, quando comecei não pensei que tivesse tempo nem paciência para fazer isto durar mais que uns meses, mas, verdade seja dita, por muito fraca ou banal que possa ser a minha escrita, por muito monótono ou estúpido que possam ser os temas abordados, ajudou-me a desabafar e colocar para fora assuntos que, de outra forma, morreriam dentro de mim, sem ver a luz do dia.

Encaro este espaço como um amigo que me ouve sem criticar. Apenas recebe o que digo sem fazer julgamentos ou criticas.

Óbvio que de quando em vez sou presenteado com comentários aos meus posts e isso sabe-me bem. Mesmo que seja para criticar, gosto sempre de saber que há alguém que perde alguns minutos a ler o que escrevo. É como se estivesse sempre acompanhado, mesmo quando me sinto perdido na imensidão da solidão que o mundo nos impõe.

Este meu amigo de apenas dois anos tem sido um bom porto de abrigo e uma boa forma de expor o que se passa dentro da minha mente. É como se tivesse um psiquiatra privado e gratuito.

Por isto e muito mais, deixo aqui o meu "feliz aniversário" e espero estar cá por muitos mais anos para dar continuidade ao que comecei.

Nos bons e nos maus momentos, sempre a escrever.
 
domingo, janeiro 04, 2009, posted by # 7 at 22:33

Já sabia que esta passagem de ano seria estranha, visto passá-la em casa e tudo mais. Mas ainda assim, não esperava que fosse como foi.

Há dois anos, a Beatriz era tão pequenina que nem deu pela passagem da meia-noite, tal era a profundidade do seu sono. No ano passado, ainda deu alguma luta, mas também se deixou bater pelo sono forte.

Este ano, junta-se Beatriz com Gabriel e outra menina de 9 meses que cá esteve ( Mariana ), e o que tivémos foi uma passagem de ano que consistia em brincar e tomar conta dos pequenos enquanto eles, ou melhor, elas, davam asas à imaginação. Sim porque para o pequeno Gabriel, ser meia-noite ou meio-dia, por agora, é igual.


Assim sendo, tivémos um serão peculiar em que interiorizámos o papel de educadores de infância até bem tarde, porque as jovens foram buscar energias sei lá onde, e, quando finalmente sucumbiram pelo cansaço, o pessoal dispersou de modo a evitar que as pequenas voltassem a acordar.

Os tradicionais jogos e brincadeiras de fim de ano foram completamente destituídos pela necessidade de dar atenção aos pequenos.
Mais uma vez fica para a posteridade que os anos passam e nós não conseguimos fugir-lhes.
Estou cota mesmo.
 
Emanuel Simoes

Criar seu atalho