sábado, novembro 17, 2007, posted by # 7 at 23:41

Pois é amigos. Hoje em dia vivemos depressa demais, sem tempo para nós e tudo resumidamente para nada. Se antes já sobrevivíamos e tínhamos tempo para tudo, porque raio não o podemos fazer agora de igual forma?
Por falar nisso, quantos de vocês dedicam tempo à leitura? E não me refiro obviamente aos jornais desportivos, económicos, sensacionalistas ou qualquer outro. Refiro-me a ler um livro, um artigo mesmo na net, qualquer coisa que vos transporte para fora da vossa banal realidade.
Ler para mim ainda não é um vício, mas para lá caminha. Adoro um bom livro, os arrepios que me pode causar, caso seja uma obra de terror, a tristeza anunciada, no caso de certos romances, a revolta escondida, em contos de aventura.
Se algum de vocês ainda não experenciou a adrenalina da leitura, podem ir pensando em fazê-lo. Garanto-vos que é melhor que ir ao cinema e ainda vos torna mais cultos, algo que parece estar a extinguir-se a olhos vistos, a cultura.
 
sexta-feira, novembro 16, 2007, posted by # 7 at 15:03
Onde estão vocês todos?
Onde estás tu, que eras tão rebelde e agora és tão materialista?
E tu, tu onde estás, que eras sempre tão feliz e risonha e agora parece que estás sempre triste? Onde estão aquelas ideias que tínhamos sobre triunfar no mundo?
Onde estão todos os sonhos que apregoávamos a quem quer que fosse sem medo nem complexos?
Para onde foi aquela cumplicidade que nos unia a todos?
Porque parámos de acreditar no impossível?
Crescer não deveria ser significado de distância. Ficar adulto não deveria implicar criar barreiras aos nossos sonhos.
Sou eu que estou mal, não é? Sim, fui eu que fiquei agarrado às ideias que tínhamos no passado. Fui eu que interiorizei que independentemente do que poderia acontecer, seríamos sempre diferentes dos outros.
Afinal enganei-me. Somos todos iguais aos que antigamente criticávamos,
Onde estás tu minha alma, deixaste-te corromper pela monotonia?
 
quarta-feira, novembro 07, 2007, posted by # 7 at 18:23

Ai. É só isto que me apetece dizer.
Amanhã saio oficialmente dos "intes" e passo para os "intas". Meus senhores e minhas senhoras, a isto chama-se ficar velho.
Hoje estou a festejar os restos dos meus 29 aninhos e a preparar-me psicologicamente para a nova era que se avizinha.
Vou deixar de ser aquele rapaz de vinte e tal anos para ser o gajo na casa dos trinta.
Vou deixar de fazer parte da malta, da juventude, dos bacanos....
Qualquer dia nem à porta da escola me deixam passar por pensarem que sou algum velho maluco.
Nenhum de vocês tem por acaso um qualquer aparelhómetro que permita inverter o andamento dos anos, não? Não? Ninguém? Bem me parecia.
Bem, acho que tenho que começar a ver as coisas pelo lado positivo.
A minha mentalidade está basicamente igual, ou seja, se em certas circunstâncias já me comportava como um rapazote da escola, acho que nada mudou. Continuo a ser um mente aberta (excepto no que toca aos namorados "wannabe" da minha filhota), e gosto de uma boa dose de maluquice de quando em vez. Ou serão estas apenas desculpas para eu me sentir melhor? Não sei. Só sei que o dia de amanhã se aproxima tremendamente rápido e não tenho grandes opções senão aceitar o facto de estar a ficar velho.
Mas atenção rapazolas, o primeiro que me chamar cota vai ter que se ver comigo. Este trintão tem energia para enfrentar um bando de putos rufias, hein? Bom.
Ok, vou festejar o final dos meus 29.
Ao menos isso é bom, vou já comprar uma prenda hoje para vestir amanhã. Eh eh, estão a ver, não é de puto estar ansioso pelas prendas? Afinal isto vai.
 
sábado, novembro 03, 2007, posted by # 7 at 23:38

Apesar de algum positivismo da minha parte em postagens anteriores, não estaria a ser realmente sincero se afirmasse que tudo em mim vai bem.
Muitas vezes ou quase sempre tenho uma sensação de impotência perante as regras e normas que nos são impostas e a maneira como as acatamos sem relutância.
Bem sei que se tivesse nascido há uns bons anos atrás, nem sequer poderia abrir a boca para dizer mal do que quer que fosse, mas é mesmo por isso que o faço.
Os tempos evoluem e diz-se que as mentalidades também o fazem. Não acho que assim seja. As mentalidades que evoluem são as dos poderosos, enquanto que o povo fica agarrado ao seu sofá, acarretando todas as mudanças que são impostas sem nada fazer.
Muitos dirão que não concordam e que o governo não presta, o vizinho do lado é bronco...blah blah blah. Quantos se mexem para mudar a sua vida? Quantos perdem o medo incontrolável de perder o que é certo nas suas vidinhas banais para soltar a sua voz? Pois, não são assim tantos.
Há algo que escapa a toda a humanidade, muito por causa da comunicação social gerida por poderosos senhores do capital. União. A união faz a força, e não, não é um ditado popular. A união faz realmente a força. Se todos deixarmos de ser mesquinhos, se todos deixarmos de nos preocupar com a vida privada do próximo e nos concentrarmos na vida de todos nós, o mundo será um sítio maravilhoso para se viver. Basta de solidão. Actualmente estamos todos sós no mundo. Somos ovelhas, num rebanho meticulosamente ordenado por indivíduos que sabem como se aproveitar de nós. E não, não são essas pessoas as culpadas da nossa situação precária. Os culpados somos nós que consentimos tudo o que nos é imposto, com receio de retaliações, quer seja a nível de emprego ou a nível social.
Já chegava de sermos tão cobardes, não? Basta a tal união para tudo mudar. O povo será sempre mais forte, mas a actual mentalidade subtrai essa força.
É frustrante.
 
Emanuel Simoes

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