segunda-feira, junho 23, 2008, posted by # 7 at 19:51
No passado Sábado, dia 21 de Junho, participei na minha primeira prova nocturna, de seu nome Corrida da Luz. É organizada, segundo apurei, na sequência das festas de Lisboa.
Verdade verdadinha é que estava algo receoso, muito nervoso. Depois de uma semana em que treinei 2 dias e estive doente os restantes, não estava muito esperançado em relação ao que aí vinha.

Quase até à última era suposto ir sozinho, mas depois o meu paizão lá se disponibilizou para ir comigo.

Sinceramente não estava à espera de estar tão nervoso. O meu pai até gozou comigo porque, segundo ele, estas provas são só para participar e nos divertirmos. Mas acho que ele já me devia conhecer melhor. Óbvio que não sou profissional e nem me passa pela cabeça entrar numa competição destas para ganhar, mas vou sempre para dar o meu melhor e nunca desisto, nunca paro, nunca ando. É para correr é para correr.
Com isto tudo lá fomos, prontos para mais 10 Km de corrida. Desta vez, como levei comprovativo em como faço a distância em menos de 45 minutos, pude partir mais da frente, enquanto que o meu pai foi colocado na parte final.

O nervoso miudinho apoderou-se de mim, a garganta ainda me doía e eu só pensava que algo iria correr mal devido a ter estado parado aqueles malditos três dias.
Fogo de artifício, autorização para partir e lá fui eu. A subida para o Marquês de Pombal foi penosa para mim. Quanto mais fundo respirava mais me doía a garganta. Mentalizei-me que esta prova iria correr um pouco pior que as outras, mas que não haveria nada que me fizesse desistir.
Quando estava quase a terminar e olhei para o relógio, nem queria acreditar. Depois de uma subida daquelas, depois das dores todas, consegui manter-me fiel ao meu tempo normal e acabei a prova em 42 minutos. Fiquei em 104º entre perto de 877 atletas que concluíram a prova. Nada mau senhores e senhoras, nada mau mesmo.

Ainda para mais corri à noite pela primeira vez e devo dizer que gostei muito.
O factor psicológico ajuda muito. Se pensares que és capaz, nada te vai demover dos teus objectivos, acredita.
 
domingo, junho 22, 2008, posted by # 7 at 02:12
 
, posted by # 7 at 01:59
Pergunto-me se ainda existirão pessoas boas. Pessoas que realmente pensam na vida como algo que deve ser levado em harmonia e repleto de paz, não aqueles que dizem ser dignos e que no momento seguinte também afirmam ser donos de toda a razão.

Será que ainda existe alguém que realmente se preocupa com o que se passa fora da sua esfera? Será que ainda ou alguma vez existiu alguém que fosse verdadeiramente dotada de bondade sem máscaras nem intrigas?
Será que há alguém disposto a sacrificar-se pelo bem de outros?

Existirão pessoas capazes de lidar com as diferenças de quem os rodeia, sem criticas nem preconceitos, sem dúvidas nem dedos a apontar?

Infelizmente eu não sou uma dessas pessoas, pois por muito que gostasse e queira ser tolerante com tudo em meu redor, muitas são as vezes que dou por mim a criticar e a mandar abaixo pessoas que são diferentes de mim. É certo que apresento os meus argumentos e factos, mas no final, o que realmente interessa é que nada do que eu diga ou faça vai mudar a personalidade de ninguém, e ainda bem que assim o é.

Gostava que todos fôssemos capazes de viver em harmonia e que existissem pessoas aí fora que realmente se preocupassem um pouco mais com os outros ao invés de criticar. Eu englobo-me nesse lote de seres que devem mudar e devo admitir que não é fácil, mas para bem de todos, seria bom que deixássemos as máscaras em casa e que começássemos realmente a tentar marcar a diferença.
Talvez quem menos esperemos nos venha salvar um dia.
Alguém?
 
quinta-feira, junho 19, 2008, posted by # 7 at 19:27
Mais uma vez estou com amigdalite. Não suporto mais isto. Qualquer corrente de ar, ar condicionado ou um friozinho que seja e PIMBA. Toma lá com as amígdalas cheias de pus.
Desta vez é tão grave que já fui ao centro de saúde, ao hospital público (mais valia ficar em casa) e finalmente, ao privado, onde me furaram as amígdalas de uma maneira nada gentil e bastante dolorosa, mas que foi para meu bem.

Mal consigo falar e estou a antibióticos, tirando as duas injecções que levei.
Felizmente, se tudo correr bem, daqui a um ou dois meses vou ser operado e cortar este mal pela raiz.

É insuportável. Há duas noites que não durmo, o que faz com que durante o dia pareça um autêntico zombie. Zombie mesmo, porque como quando tento falar é como se tivesse lâminas na garganta, nem falo. Fico calado o dia inteiro a deambular de um lado para o outro, à procura de algo para fazer.

Não posso ir para o ginásio, correr ou andar de bicicleta. Não posso dar um mergulho na piscina porque não posso apanhar frio.
Já tentei começar a furar as paredes para pendurar umas prateleiras e uns quadros, mas fui prontamente proibido de fazer esforços.

Sinto-me como um velho incapacitado e isso está-me a destruir por dentro.
Não fui feito para estar doente. Não tenho pachorra para ficar à frente da tv enquanto a vida passa por mim.
Que treta, só me apetece partir coisas(como se tal aliviasse a dor).
Não vejo a hora de "ir à faca" e acabar com esta penúria.
 
terça-feira, junho 17, 2008, posted by # 7 at 11:28
 
, posted by # 7 at 11:27
 
, posted by # 7 at 11:25
 
, posted by # 7 at 11:24
 
, posted by # 7 at 10:37
Parece mentira mas não é. Foi já há 2 anos que nasceu a estrelinha mais bonita do universo....e arredores.

Mais uma vez (a segunda, neste caso), preparámos a festa ao pormenor, com muitos doces e muita brincadeira para os pequenos.

Visto que quando a minha pequena nasceu, chovia a potes e um ano depois disso, voltou a repetir-se o estado climatérico, este ano estávamos um pouco receosos, mas o que é certo é que esteve um dia maravilhoso, com muito sol e muita luz. Até deu para os pequenos e graúdos tomarem uma banhoca na piscina.

Assim, Sábado dia 14 de Junho, usufruímos da companhia de amigos e família que se juntaram para comemorarem uma das datas mais importantes da minha vida.
Tudo correu bem, a menina adorou as prendas, principalmente o bolo do Noddy, brincou muito, esteve radiante.

Já fizeram então dois anos desde que a minha vida mudou radicalmente para melhor. Tudo por causa desta pequena de sorriso rasgado que nos ilumina a existência de uma maneira que nunca pensei ser possível.

Agora, com o irmãozinho ou irmãzinha a caminho, uma nova mudança extrema se prepara na minha vida. Depois terei outra data muito importante para festejar.

Parabéns filhota, foi uma linda festa para uma linda menina.
 
quinta-feira, junho 12, 2008, posted by # 7 at 19:06
Finalmente aconteceu algo que sempre tenho defendido e que nunca acontece por falta de convicção e de verdadeira vontade. Finalmente a união de que sempre falei, pareceu emergir dos confins dos nossos âmagos. Finalmente as acções provenientes da fusão de pensamentos de um grande grupo de pessoas fizeram uma mossa significativa no normal funcionamento de todo um país.

E que fizeram esses pioneiros desta nova revolução, quando tudo parecia descambar a olhos vistos? Qual foi a atitude dessas pessoas que, inclusive, colocaram as suas vidas em jogo, havendo mesmo quem tenha morrido? Recuaram. Recuaram quando tudo estava prestes a mudar. Retrocederam quando se sentia o tremor dos ricos e poderosos.

Falo da recusa dos camionistas e seus patrões, em continuarem a fornecer os serviços prestados diariamente ao país, devido ao constante e quase diário aumento do preço dos combustíveis. A sua atitude inicial foi, a meu ver, o que este país e este mundo precisam. De um valente abanão para colocar as coisas no seu devido lugar, garantindo uma menor descrepância entre os ricos e os pobres.
Estes senhores pararam e, em menos de nada, s combustíveis faltaram nas estações de serviço. Já se falava na eminente falta de bens alimentares nas lojas. Algumas pessoas começaram mesmo a comprar comida e água para guardar, com medo do que se avizinhava.

O governo? O governo cruzou os braços. A princípio estranhei esta atitude. O normal seria haver no mínimo uma conferência de imprensa a dizer que tudo estava a ser estudado. Mas não. Silêncio, só silêncio. Nem Primeiro-Ministro nem Presidente da República.
Depois fez-se luz. Para que haveriam eles de se preocupar, se todos nós sabemos o povo que somos. Há futebol? Lindo, vamos todos para a rua, unidos, penduramos bandeiras, rimos juntos, choramos juntos, união total. Há problemas no país? Eh pá, isto é cada um por si. Não podemos nos envolver nos problemas dos outros, não é? Se o governo aumenta e restringe e faz obras megalómanas que ninguém sabe bem para que servem, lá hão-de ter os seus motivos e é melhor não falarmos muito contra.

Assim, o que aconteceu? As pessoas acorreram às estações de serviço em massa, atestaram os depósitos dos seus carros, consumiram todo o combustível que havia (óptimo para os senhores governantes.Mais impostos ), bens alimentícios começaram a escassear e quando tudo parecia prestes a finalmente rebentar......acabou. Voltou tudo à normalidade.

Isto faz-me lembrar os fanfarrões que se gabam a torto e a direito sobre o quão fortes são e quando chega a hora da porrada, fogem a sete pés.
Mais uma vez ficou provado que o nosso povo é um povo de sofá. Um povo do deixa andar. Um povo que tem o enorme poder de sempre perder.
 
segunda-feira, junho 09, 2008, posted by # 7 at 22:36
É curioso como as pessoas tentam controlar a vida dos outros. É curioso e estranho, como as pessoas pensam que sabendo todos os passos dos outros vão garantir que tudo se passe conforme o planeado. É curioso, estranho e ridículo. Absurdo e insultuoso como as pessoas têm a coragem de se julgarem donas da vida de outrem, pensando em nada mais do que o seu próprio bem estar.

Bem sei que para tal suceder, no tempo em que vivo e no país em que vivo, é necessário que a pessoa lesada concorde e faça o que a outra quer, mas isso não é sinal de fraqueza. É sinal de respeito. Respeito esse que obviamente não é mútuo.

Triste estas situações que ocorrem constantemente, em que uma pessoa, por não ter os mesmos gostos de outra, a tenta impedir psicologicamente de esta usufruir de um pouco de liberdade, num mundo cada vez mais impeditivo. Triste este pensamento de que se mantivermos tudo debaixo do nosso tecto, tudo estará então garantido.

Falava no post anterior da minha felicidade e de como ela me impedia de postar novas coisas. Falo agora que essa felicidade se mantém, mas junto a ela uma revolta por me sentir aprisionado num mundo dito livre.

Custa-me muito tentar compreender que existam pessoas que ainda julguem que tudo em seu redor tem que sentir e estar como elas. Não é certo este pensamento, não é correcta esta atitude.
 
, posted by # 7 at 18:46

Dado o tempo significativo em que deixei de vir até este meu refúgio, chego mais uma vez à conclusão de que quando algo de bom me acontece, fico sem ideias para escrever.
A notícia de que está para nascer o meu futuro filho deixou-me muito feliz, e noto que foi precisamente depois dessa abençoada informação que a minha falta de motivação e de inspiração se tornou mais vincada.

Parece que todos os meus pensamentos, revoltas, ilusões e sonhos ficaram de lado. É como que se existisse um vazio dentro de mim que evita que me expresse sobre todos os assuntos que me vão marcando ao longo da vida.
Mesmo quando me lembro de algo e sinto que tenho que aqui vir e deixar o meu testemunho, logo noto uma intensa falta de vontade, mesmo para ligar o computador.

Estranho este sentimento contraditório. Obviamente e sem margem para dúvidas que estou em êxtase pelo facto de uma nova vida se encaminhar da minha própria. Mas simultaneamente sinto falta daquela pequena revolta interior, daquela necessidade quase extrema de escrever quando não estou de acordo com algo, ou quando me sinto triste.
Tudo isto porque embora esteja bem, sinto falta daquela tristeza que me faz querer pular todos os muros que me são colocados no caminho.

Sinto um enorme vazio, como se caminhasse por um caminho que não vai dar a lado algum.
 
Emanuel Simoes

Criar seu atalho