quarta-feira, abril 20, 2011, posted by # 7 at 12:22


Há uns tempos atrás, mais ou menos há 3 anos, escrevi aqui um post sobre a primeira Corrida do Benfica em que participei. Lembro-me que fiz uns reparos não muito agradáveis, até porque a organização foi deveras miserável.

Três anos passados, resolvi arriscar a participar novamente. Mesmo sabendo que poderia, mais uma vez, passar pelo mesmo. Mas, a verdade é que, se há 3 anos os abastecimentos foram poucos e senti necessidade deles, nos dias que correm, para fazer a distância de 10 km já não necessito de grande hidratação, no decorrer da prova. Se houver, melhor, se estiver muito calor, convém, mas se for um dia normal, passo bem sem água.
Certo é que desta vez até houve abastecimentos quanto baste. Aliás, a meu ver, a mais. Não vejo necessidade de, em tão curta distância, haver 3 ou 4 pontos de abastecimento, mas enfim, antes a mais do que a menos.

A prova foi normal. Nada de especial, afinal, foram 10 km a correr em Lisboa, sendo que o mais interessante foi mesmo a passagem por dentro do estádio(ainda que fosse bem mais interessante se, ao invés de uma curta passagem, permitissem uma volta completa ao recinto).

Fiz a distância em 39 minutos, mais ou menos como estava previsto e pronto.

O pior foi, devido a estar um dia de vento, o erro que cometi ao ficar muito tempo parado após concluir a prova. Sequei sem vestir nada seco e, resultado, uma semana doente, cheio de febre e dores no corpo. Felizmente já passou, mas foi o suficiente para me deixar uma semana sem correr, o que, nem é preciso dizer, é penoso para mim. Esta semana já me vinguei: 16 km na 2ª-Feira, 17 km na 3ª-Feira e hoje, depois da meia-noite, quando sair do trabalho, mais 7,5 km antes de dormir.

Ah, óbvio que o rapaz da frente (na foto em cima), não sou eu. Eu sou o do boné, que parece ter o pulso partido :P

 
sábado, abril 02, 2011, posted by # 7 at 22:47

Há uns anos atrás, se me dissessem que era possível correr mais de 5 km sem se ser um atleta profissional, eu diria que me estavam a enfiar o barrete. Afinal, correr, só para não apanhar chuva, ou para fugir de alguma situação menos favorável à nossa integridade física, certo?
Com o passar do tempo e, provavelmente, após alguma pancada na cabeça, fui mudando de opinião. Mas de forma muito gradual. Há que ter em conta que a primeira vez que corri, para treinar, foram uns míseros 12 minutos que devem ter correspondido a 2 km, se tanto. 
Fui evoluindo e, um dia, resolvi aventurar-me a tentar uma meia-maratona. 21 km a correr, algo que considerava inimaginável para mim, mesmo com toda a minha força de vontade. A primeira vez que consegui fazer esta distância, perto do fim, quando faltavam um ou dois km para terminar, sorri. Sorri, enquanto corria, pois sabia que estava a realizar um sonho, algo que julgava ser impossível, até então. Depois, bem, depois foi uma questão de continuidade. Entre treinos e provas, lembro-me de ter feito 8 meias-maratonas.
Mas hoje, hoje foi um dia especial. Após ter concluído a minha última meia-maratona sem grande esforço, fiquei algo desanimado. Afinal, um desafio cumprido sem sofrimento, não passa de um treino banal. Assim, propus-me a percorrer o trajecto que habitualmente faço de bicicleta, nos dias em que tenho pouco tempo para pedalar. 31 km de distância, mas a correr. 07:30 da manhã, pronto a iniciar. O meu vizinho da frente fez-me companhia, a pedalar na sua bicicleta  e lá fomos nós.

Sinceramente, após uma noite terrivelmente má, devido à falta de sono do meu pirralho, arranquei desde logo com uma estranha sensação de derrota. Pensava mesmo que não iria conseguir, mas que, pelo menos, teria que tentar superar os 21 km.

A verdade é que percorri mais de 31 km, sem nunca parar, e sinto que estou pronto para mais. Muito mais.
Todo o sofrimento a que me sujeitei hoje foi deveras compensador, pois, psicologicamente, apercebi-me de que as minhas capacidades físicas vão para além do que alguma vez havia imaginado.

Por mais que me tentem derrubar, por mais que desvalorizem os meus feitos, por mais que me ignorem, a verdade é que a minha força de vontade supera todo esse negativismo que me querem impor. Não tenho que ter falsas modéstias a este respeito. Eu sou feito de força de vontade, e quando quero, as coisas são à minha maneira.

Para breve, estará a tão desejada maratona. E então, poderei descansar.......ou não!!!
 
Emanuel Simoes

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