domingo, setembro 28, 2008, posted by # 7 at 19:12

Mais 21 km percorridos. A meia-maratona da ponte Vasco da Gama feita pela primeira vez e num tempo razoavelmente aceitável.

Há dois anos atrás comecei a minha jornada no mundo da corrida nesta mesma ponte, nesta mesma prova. A diferença é que nessa altura participei na mini-maratona de 8 km e demorei uma hora e quinze minutos. Agora, corri a meia-maratona (21 km) e demorei uma hora, trinta e um minutos e quinze segundos.

É certo que demorei mais tempo que na meia da ponte 25 de Abril, mas esta é bem mais puxada. Mais subidas para esgotarem mais rapidamente as nossas energias e o resultado do vencedor confirmou a minha convicção de que esta prova é mais dura que a da outra ponte. A hora e um minuto do vencedor desta edição contra os 59 m e 15 s marcados pelo 1º classificado da ponte25 de Abril, deixam-me mais tranquilo em relação ao minuto extra que demorei a completar o trajecto.

Notei contudo que consigo aguentar durante mais tempo a corrida a um ritmo elevado e isso nora-se na forma como os outros atletas me abordaram e tentaram ajudar, com palavras de incentivo.
Quanto mais se corre maior é a união entre os corredores e isso ajuda bastante no cumprimento do objectivo a que nos propomos.

Agora resta preparar a próxima corrida que, se tudo correr bem, será para bem breve. Aliás, se me inscrever em todas as que se avizinham, vou ter umas semanas bem duras pela frente.
 
sábado, setembro 27, 2008, posted by # 7 at 21:29
Faz-me confusão a maneira de pensar das pessoas. Talvez até a minha própria maneira de pensar me confunda.
Tão depressa somos grandes amigos, como a seguir nos falamos como perfeitos estranhos.
É caso para dizer que a linha entre o ódio e o amor é tão ténue que por vezes nem sabemos bem o que sentimos sobre determinada pessoa.

O nosso egoísmo leva-nos a atitudes estranhas e controversas. Se estamos de acordo com outra pessoa, tudo muito bem, temos um aliado, finalmente encontrámos alguém que pensa como nós e tudo faz sentido. Se, por algum motivo, por muito pequeno que seja, alguém discorda, esse sentimento de companheirismo, concordância e até amor, desaparece a uma velocidade fulminante, tornando-se por muitas vezes em desprezo e até ódio.

É por tudo isto que sou muito desconfiado em relação a sentimentos tão fortes como seja o amor e a amizade.
A velocidade com que estes mudam, quer seja por algum erro ou por uma simples mudança de opinião, assustam-me.

Eu sou uma pessoa de amizades fáceis, ou seja, qualquer pessoa que seja minimamente correcta comigo, tem-me como amigo, independentemente de concordar com tudo o que penso ou não. Mas entendo que esta minha disponibilidade para a amizade pode e já foi algo prejudicial. Há sempre pessoas que usam e abusam desses sentimentos e dessa entrega. E normalmente, essas pessoas são aquelas que, por qualquer contrariedade que apareça, se tornam subitamente como estranhas para nós.

Tudo isto é confuso para mim. Tudo isto me faz sentir só e inseguro.
Tão depressa se ama como a seguir se odeia.

Somos uma raça de fracas convicções.
 
sábado, setembro 06, 2008, posted by # 7 at 13:04
 
, posted by # 7 at 12:44

É mesmo só o que falta. Os cães pedirem aos donos para que estes tenham vergonha e comecem a se comportar como pessoas civilizadas, ao invés de autênticos badalhocos.

Na zona onde vivo existem muitos prédios novos, e dada a sua proximidade com a ponte Vasco da Gama, são muitas as pessoa que vieram de Lisboa para viver aqui, num local bem mais sossegado que a capital.
Pena é que a grande maioria dessas pessoas se ache de alguma forma superior por ser oriunda de uma grande cidade.

Após alguma observação (não muita, pois tal não é necessário) chego à conclusão que sim senhor, são superiores. Principalmente no desrespeito e falta de higiene.
Estes senhores e senhoras que constantemente passeiam os seus cãezinhos pelo bairro, não se dignam sequer a apanhar as fezes que os animais fazem.

Uns, levam-nos para a relva, com aquela falsa convicção de que aí não faz mal. Não, claro que não. Os miúdos não têm nada que brincar na relva, não é? Eles que brinquem no meio da estrada, onde está limpo.
Outros, é no passeio mesmo. Quem vier que se desvie ou então lave os sapatos em casa.
Mas a pior espécie, os mais nojentos e ordinários, são os que levam os cachorros para o parque infantil e deixam o espaço num estado lastimável.

Há poucos dias levei a minha filha ao jardim e foi uma autêntica maratona de desvio do cócó. Começou logo nos passeios e o ponto alto da viagem foi a chegada ao parque infantil e a constatação de que o local se encontrava repleto de fezes de cão, que algum senhor ou senhora teve o desplante de passear no local.

Óbvio será dizer que se alguém perguntar a estes senhores, jurarão a pés juntos que os seus animaizinhos só fazem necessidades na areia e em locais onde ninguém vai.
Há toda uma falta de respeito pelo ambiente, pelas crianças e uma enorme falta de civismo por parte de pessoas que se auto-intitulam de cultas e civilizadas.

Na minha família não se joga sequer um papel para o chão. O meu carro chega a andar cheio de papéis que me recuso a atirar fora sem que seja no local certo e os meus pais nunca me ensinaram isso. Aprende-se por imitação e consciência das coisas.

Infelizmente vivo no meio de indivíduos que de boas maneiras, percebem muito pouco.
 
Emanuel Simoes

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