sexta-feira, fevereiro 29, 2008, posted by # 7 at 14:23
Há algum tempo escrevi um post relativo à falta de capacidade de algumas pessoas no que diz respeito à escrita correcta da língua portuguesa e à crescente falta de cultura da generalidade da população, nomeadamente a mais jovem. Óbvio que eu não sou nenhum culto ou estudioso e quando faço menção a falta de cultura, não exijo que as pessoas saibam nomes de artistas, políticos ou momentos históricos. O que quero deixar transparecer é que as pessoas se deviam preocupar em saber mais do que quem é o 1º classificado na liga de futebol, com quem é que a prima do sobrinho do avô do mau da novela das 19:00 se vai casar, com quem é que foi à festa do branco naquela discoteca no Algarve e outras banalidades que mais não fazem do que preencher o pouco tempo que temos.
Mudando um pouco o rumo da conversa e centrando-me mais no assunto a que me propus deixar aqui gravado quando comecei a escrever este post, acho que devo um pedido de desculpas a algumas pessoas.
Após ter conhecido uma pessoa que sofre de dislexia e ter investigado um pouco sobre a doença na nossa grandiosa "net", cheguei à conclusão que não posso colocar todas as pessoas que não escrevem correctamente no mesmo saco. Óbvio que quem sofre de dislexia e que possa ter lido o meu post a criticar quem não escreve bem, não poderá se sentir ofendido ou magoado, pois as minhas críticas dirigem-se unicamente aos que não padecem de doença alguma e que ainda assim não fazem por melhorar continuando a escrever as palavras como estas lhes soam, em vez de agarrarem num simples dicionário e de confirmarem se estão ou não correctos.
Se ofendi ou magoei alguém, se fiz com que alguém que sofre desta condição se sentisse menos bem, aqui ficam as minhas sinceras desculpas.
 
terça-feira, fevereiro 26, 2008, posted by # 7 at 14:25
Após alguma observação, cheguei à triste conclusão de que escrevo melhor quando estou abatido ou triste.
Depois de ter lido alguns dos posts atrás publicados, vejo-me obrigado a admitir que os que escrevi em momentos de maior alegria não têm o texto tão elaborado e explicito como os que escrevi em dias mais sombrios.
Algo me diz que esta não é uma boa condição. Deveria ter a capacidade de redigir textos uniformemente independentemente do meu estado de espírito, mas parece que a minha inspiração é mais intensa quanto mais intenso seja o meu nível de insatisfação perante alguma adversidade.
Neste momento, no entanto, não estou triste nem alegre. Encontro-me no limiar destas condições, pois parecem haver situações de vida que me tentam, quer para um lado, quer para o outro.
Sinceramente, não sei bem se desgosto totalmente de sentir uma pequena de pontada de tristeza de quando em vez. Interpreto isso como um sinal indicativo de que se assim o é, algo tem que ser feito para melhorar e para isso tenho que me mexer e fazer pela vida. E quem conhece este novo eu sabe que não gosto de estar parado a contemplar a passagem do tempo esperando que em algum ponto do nosso sinuoso caminho, a vida resolva rir para mim e estender-me os seus braços. Prefiro correr, ultrapassá-la e abraçá-la eu sem que ela o espere. Ainda assim sei que poderia fazer muito mais do que faço, mas, como já o mencionei, gosto deste conforto que a tristeza me dá.
 
segunda-feira, fevereiro 25, 2008, posted by # 7 at 14:21

Ao longo do tempo tenho-me vindo a aperceber que quase todos nós temos certezas absolutas em relação a muitas coisas, não questionando sequer a possibilidade de nem tudo ser tão linear quanto possa parecer.
O que quero dizer é que na vida nem tudo é preto e branco. Nem tudo tem de ser rotulado de mau ou bom.
Há o preto, há o branco, mas também existem todas as outras cores, que além de serem muitas, quando misturadas, tendem a revelar novos tons.
Não podemos encarar a vida como uma auto-estrada que nos leva de A a B. Podemos sim encará-la como uma estrada que poderá ligar um ponto ao outro, mas tendo sempre a percepção de que existem desvios alternativos. Outros caminhos que poderemos tomar bastando para isso o querermos fazer. Uns talvez mudarão a nossa vida para sempre, outros são apenas desvios que nos permitem fugir à monotonia da vida, antes de nos conduzirem novamente à estrada principal.
Não sei se com todos estes exemplos coloridos e rodoviários estou a fazer-me entender, mas basicamente o que quero dizer é que esta nossa estrada principal não é assim tão grande que nos permita entrar na monotonia provocada pelos problemas da vida. Temos que ser corajosos quanto baste para fazermos uns desvios, parar naquela estação de serviço para recarregar baterias e nunca ter nada como garantido. Não é para andarmos sempre com medo de perder o que nos faz feliz, mas para nos sentirmos motivados a evoluir e desenvolver e nos tornarmos constantemente em pessoas melhores, com mais experiência.
 
terça-feira, fevereiro 12, 2008, posted by # 7 at 09:08
Já há algumas semanas que estou a viver em casa dos meus sogros, esperando impacientemente pelo término das obras da nova casa, obras que ao que parece se vão prolongar mais do que o esperado.
Não é uma situação nova, visto que quando mudei da Moita para o Montijo, também fiquei cerca de um mês a residir neste humilde estabelecimento, mas acho que as coisas mudaram desde então.
Não entender mal: adoro os meus sogros e dou-me melhor com eles do que com os meus próprios pais, mas sinto falta da minha privacidade. Sinto-me quase a estourar.
Quando estou no turno da noite e me deito tarde, ainda não são 7 da manhã e já a loiça começou a ser lavada, as portas dos armários batem, as vozes insurgem-se alto e bom som. Óbvio que sou eu que estou em "território" alheio e consequentemente sou eu que me tenho que ambientar às circunstâncias, mas está a revelar-se tarefa difícil.
Ando sempre preocupado em saber se aquele iogurte ou aquela bolacha são nossos, separar os produtos do banho, não saber do sítio das coisas, pessoas a entrarem-me no quarto logo pela manhã, quando ainda estou deitado. Não está a dar, sinto mesmo mesmo muita falta do meu espacinho, por mais pequeno que este possa ser.
 
domingo, fevereiro 10, 2008, posted by # 7 at 17:47


Ui. 'Tou todo partido. Hoje, dia 10 de Fevereiro, fui participar no duatlo do Jamor. Tudo isto de pois do belo dia de ontem que começou por volta das 9 da manhã a partir chão e carregar entulho e terminou perto das 19 horas. Tranquilo.
Depois de uma noite inteira a sonhar com chão partido, tela e andaimes, lá me levantei e fui. Não correu mal, tendo em conta que foi a minha primeira participação em provas do género. Em corrida estou calmo porque desenrasco-me razoavelmente. Em BTT já não ia tão à vontade, mas visto que a minha prática nessa modalidade é quase nula, acho que tive um bom desempenho.
Óbvio que a grande Vanessa Fernandes deu bailinho à malta, mas pronto, já se esperava.
Não pensei que fosse tão fixe. A mata circundante ao estádio é espectacular e houve ainda uma parte no percurso em que passámos literalmente por dentro do estádio do Jamor. Lindo.
Muitas descidas rápidas, subidas íngremes, alguns sustos e uma ferida no joelho depois, lá cheguei à meta. Foi pena não ter levado nenhuma máquina fotográfica, mas ainda apareci em algumas fotos lá deles. eh eh.
Agora, bem agora estou em casa a ressacar do esforço mas já a pensar na próxima prova a participar. P'á frente é que é caminho.
 
quarta-feira, fevereiro 06, 2008, posted by # 7 at 21:21
Ok, eu sei que não deveria fazer críticas constantes a tudo e mais alguma coisa, mas a verdade é que..............simplesmente não resisto.
Esta vai direccionada às senhoras ( cada vez mais) que em dias de calor insistem em andar com a camisolita ou casaco atado à cintura, de modo a disfarçar o seu avantajado traseiro.
Acham mesmo que isso é forma de disfarçar? A meu ver essa atitude tem efeito contrário ao desejado, ou seja, cada vez que vejo um dos espécimes em causa, a primeira coisa que me vem à cabeça é "aquela deve ter um granda traseiro". É como que um sinal a avisar "transporte de grandes dimensões".
Não tenho nada contra os gordos ou magros ou outra coisa qualquer. Acho é que temos que admitir o que somos e viver como tal, e quando não nos sentimos bem connosco próprios, é fazer por mudar.
Pessoal, se têm vergonha do tamanho do vosso rabo, corram, vão ao ginásio, mexam-se. Ou então rendam-se à evidência de que são como são e parem de se esconder.
Se acham que tudo isto que escrevi não passam de balelas e que o belo do pullover atado à cintura é que é fixe, talvez fosse bom considerarem a hipótese de se esconderem totalmente como as senhoras da imagem acima e fazerem-nos o favor de nos privarem das vossas imagens.
 
, posted by # 7 at 20:57

Fim-de-semana? O que é isso. Ah, acho que são aqueles dois dias da semana em que deveria imperar o descanso merecido do comum trabalhador.
Pois, o problema é que já há muito tempo que para mim esses dois dias não correspondem exactamente a descanso. Aliás, arrisco mesmo em afirmar que esses dois dias se tornaram em dias de trabalho.
Entre arrumações, baldes de massa, forrar sótãos, carregar tijolo e tudo o resto que temos feito, poucos são os intervalos em que realmente se descansa.
O pior de tudo isto não é o trabalho, visto que estou a trabalhar para mim e para o bem estar dos meus. O mau é que houve um dia em que não trabalhei e quando a noite chegou senti um vazio, uma sensação de ausência de algo que não consegui explicar logo de imediato. Após algum tempo cheguei à conclusão que estou a ficar viciado em movimento, trabalho, exercício. Não consigo sentir-me bem após um dia sem nada fazer. Seja algum tipo de trabalho, uma corrida, uma volta de bicicleta, uma horita no ginásio....alguma coisa.
Isto preocupa-me, porque o que estou basicamente a afirmar é que estou a ficar maluco. Aliás, no princípio deste post comecei a lamentar a falta de tempo de descanso e acabo-o dizendo que não gosto de estar parado.
Consulta no psiquiatra??? É já a seguir.
 
Emanuel Simoes

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