terça-feira, fevereiro 26, 2008, posted by # 7 at 14:25
Após alguma observação, cheguei à triste conclusão de que escrevo melhor quando estou abatido ou triste.
Depois de ter lido alguns dos posts atrás publicados, vejo-me obrigado a admitir que os que escrevi em momentos de maior alegria não têm o texto tão elaborado e explicito como os que escrevi em dias mais sombrios.
Algo me diz que esta não é uma boa condição. Deveria ter a capacidade de redigir textos uniformemente independentemente do meu estado de espírito, mas parece que a minha inspiração é mais intensa quanto mais intenso seja o meu nível de insatisfação perante alguma adversidade.
Neste momento, no entanto, não estou triste nem alegre. Encontro-me no limiar destas condições, pois parecem haver situações de vida que me tentam, quer para um lado, quer para o outro.
Sinceramente, não sei bem se desgosto totalmente de sentir uma pequena de pontada de tristeza de quando em vez. Interpreto isso como um sinal indicativo de que se assim o é, algo tem que ser feito para melhorar e para isso tenho que me mexer e fazer pela vida. E quem conhece este novo eu sabe que não gosto de estar parado a contemplar a passagem do tempo esperando que em algum ponto do nosso sinuoso caminho, a vida resolva rir para mim e estender-me os seus braços. Prefiro correr, ultrapassá-la e abraçá-la eu sem que ela o espere. Ainda assim sei que poderia fazer muito mais do que faço, mas, como já o mencionei, gosto deste conforto que a tristeza me dá.
 
Emanuel Simoes

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