domingo, março 28, 2010, posted by # 7 at 13:49

Ah pois. Aí estou eu. Se na última meia-maratona da 25 de Abril fiz 01:31, nesta, reduzi para 01:27. Dois anos depois, mais velho, com menos disponibilidade para treinar e eis que estou melhor.
Agora imagine-se quando tiver 40 anos. Pareço um relâmpago. ;)
 
domingo, março 21, 2010, posted by # 7 at 17:32
Ponte 25 de Abril. O palco de mais uma prova, mais uma meia-maratona iniciada e concluída por mim. Quando acordei, o tempo estava semi-chuvoso, já que não chovia, mas, tudo estava molhado. Um nevoeiro cerrado tinha substituído a chuva. 

Arrancámos, eu e o meu pai, o companheiro de provas. Ele na mini e eu na meia.
Chegando a Lisboa, tempo completamente diferente. Parecia estarmos em dois países distintos. Um Sol maravilhoso iluminava as ruas da capital.
Apanhámos um autocarro, depois um comboio, de volta para a margem sul do Tejo e, novamente, nevoeiro. Entre uma margem e outra, o clima era completamente diferente.
Chegámos à ponte, separámo-nos, pois quem faz a meia-maratona parte de um local e quem faz a mini-maratona, de outro, e foi tempo de aguardar.

Fiz o meu aquecimento e esperei. Partida. Os primeiros minutos não corri, no verdadeiro sentido da palavra, pois tantas eram as pessoas, que tal era impossível. Assim que consegui passar os mais atrasados, comecei a minha corrida. Sempre em passo firme, nem muito rápido nem muito lento, lá fui.

Correu bem, apesar do calor que mais tarde se fez sentir. 
No final, ainda tive forças para um sprint, esforçando-me o mais que pude, para fazer o melhor tempo possível.

Para não variar, boa organização, excelentes abastecimentos (excessivos, até) e mais uma excelente prova. Ainda não sei que tempo fiz, pois esqueci-me do relógio, mas creio que não me saí mal, tendo em conta a disponibilidade que tenho tido para treinar ultimamente.

Mais um ano, mais uma meia.
 
quarta-feira, março 10, 2010, posted by # 7 at 22:26
Mais uma prova. Duatlo de Grândola.

Se, em tempos que já lá foram, disse que no duatlo do Jamor, no ano de 2009, apanhei o maior lamaçal da minha vida, hoje estou aqui para retirar essa minha afirmação e corrigi-la: agora sim, em Grândola, a 7 de Março de 2010, apanhei o MAIOR lamaçal da minha vida. Era tanta, mas tanta, a lama, que, por muitas vezes, dei por mim a questionar sobre o que seria que se escondia por baixo de tal substância. Pedras, ramos, lixo? Não dava para ver.

Depois, para melhorar ainda mais, um troço de mais de 1 km em que de estrada, não se via nada. Água, água quase a meio das rodas da minha pobre bicicleta, que a tanto sacrifício é sujeita. Pedalar dentro de uma autêntica ribeira.
Resumindo, a parte de btt estava deveras complicada. Mas não foi só isso, o complicado.

Comecemos então do princípio: Aquecimento para as primeiras voltas a correr, 5700 metros, se não me engano. Partida. Convencido de que eram duas voltas, guardei-me para a segunda. Quando a iniciei, acelerei o ritmo, confiante de que recuperaria o fôlego no segmento de btt. Nisto, vejo o Lino Barruncho a cumprir a 3ª volta. Afinal eram três. Até me arrepiei. Já ia em esforço, a pensar que estava quase e, afinal, faltava uma volta. A terceira volta foi dura, mas, como sempre, fez-se. Chego à bicicleta e deparo-me com a triste realidade. Lama, água, chuva.....BAHHH.

Mas ficou por aqui a aventura? Nada disso. Cedo me apercebi de que fiquei sem travões, tanto à frente, como atrás, o que é sempre bom, especialmente quando o trajecto apresenta tão acolhedoras condições. Numa subida lamacenta (uma das...), ouço um estalido violento e, mesmo a meu lado, cai uma árvore. E esta para fazer subir a adrenalina? Mas pronto, fazer o quê? Lá continuei, sempre a rogar pragas, terminei o segmento de btt, fiz a corrida final e lá terminei mais uma prova.

Foi complicado, com tanta lama e água, com tanto imprevisto, mas foi gratificante.

Poderiam as coisas ter sido mais limpas, fáceis e previsíveis? Bem, poder podiam, mas não era a mesma coisa. ;)
 
sábado, março 06, 2010, posted by # 7 at 14:38
Façamos uma sondagem para determinar até que ponto as pessoas encaram a verdade, no seu sentido mais apurado, como um bem essencial à sua felicidade e, cedo constataremos que a grande maioria responderá afirmativamente. Que sim, que a verdade é que interessa, que a verdade vem sempre ao de cima, a verdade acima de tudo.

Agora um exercício mais difícil, não ao alcance de qualquer um, pois por muito que pensemos que realmente estamos certos sobre tudo, a verdade é que, normalmente, estamos apenas a enganarmo-nos a nós próprios. Fechemos os olhos, pensemos em tudo o que fizémos na vida. Em tudo o que somos e em tudo o que queriamos ser. Em tudo o que fizémos e em tudo o que realmente gostariamos de fazer.

Pois é. Para quem consegue abstrair-se completamente do seu mesquinho ser, a conclusão pode ser devastadora. Passamos uma vida inteira a idealizar algo que nunca seremos. E a verdade, bem, a verdade não passa de uma palavra de 7 letras. A verdade só nos interessa quando é boa, elogiadora, alegre.

Quem gosta de ouvir dizer que está mais gordo, que está a ficar careca, que é irritante, que tem mau hálito? Quem, no seu perfeito juízo (se é que tal é possível) gosta de ouvir dizer que é uma pessoa má, egoísta, egocêntrica? Quem realmente quer ouvir a sua mulher ou marido afirmar que é infiel? Quem? Eu respondo. NINGUÉM. 
Não me venham com tretas, dizendo-me que a verdade nos libertará. Libertará do quê? Digam-me, se souberem.

Pois eu digo o contrário. A mentira sim, nos libertará. Nos permitirá ser-mos simpáticos, mesmo para quem não queremos ser. Permite-nos ser grandes, quando na realidade somos vermes. Permite-nos sorrir, quando por dentro choramos.

A verdade é uma ilusão. Uma falsa religião seguida pelos fracos, que viverão as suas vidas na pura ilusão de que são alguém no mundo, que fazem a diferença, que são especiais.
Pois eu vos digo, ninguém é ninguém. Somos todos feitos desta massa, deste misto de carne, sangue e osso. Somos todos o mesmo e para o mesmo iremos.

A verdade? Ninguém aguenta a verdade.
 
Emanuel Simoes

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