sábado, março 22, 2008, posted by # 7 at 22:54

Às vezes penso que já esqueci tudo e que o que já foi já foi. Depois dou por mim a pensar em todos os "ses" da minha existência. E se aquele ser tivesse tido oportunidade de estar junto de nós? E se a vida que me foi tirada por Deus, ou natureza, ou lá o que queiram chamar, tivesse uma pequena chance de se impor neste mundo? Será que a minha vida não seria tão diferente do que é neste momento? De certeza que sim.

Não gosto de tentar mudar as mentalidades das pessoas, mas quando algo tão desejado como o início de uma nova vida e a sua protecção, nos é confiado pelas leis da natureza e logo a seguir nos é brutalmente retirado sem explicação alguma, isso faz-me duvidar seriamente da existência do tal ente superior que só nos quer bem. Talvez exista algo, ou melhor, concerteza que existe algo bem superior a todos nós, que rege e coordena a nossa passagem por este mundo, agora, dizerem-me que existe um Deus misericordioso que zela por todos nós.......POUPEM-ME.
Nenhum ser misericordioso destruiria uma vida após dar tantas esperanças a outras duas. Nenhum ente supremo dotado de eterna bondade permitiria a alguém sofrer o que sofri por algo que me foi brutalmente retirado.

Assim, o que quero realmente afirmar, é que tu, pequeno ser que um dia entraste subitamente na minha vida e ainda mais subitamente me foste retirado, tu és muito mais que uma memória. Fazes e sempre farás parte da minha vida, ainda que o tal ente supremo não te tenha dado oportunidade de veres como isto é cá fora.
 
sexta-feira, março 21, 2008, posted by # 7 at 23:25
 
quarta-feira, março 19, 2008, posted by # 7 at 22:01
Acho que faz parte da vida de todos nós, chegarmos a certa idade e criticarmos a geração mais recente.
Também sei que todos proferimos a célebre frase : "...no meu tempo os miúdos eram mais bem comportados."
O que é certo é que tenho apenas 30 anos de idade e já cheguei à conclusão que essa frase é realmente a mais pura das verdades. E não, não estou a ser exagerado.
Quando era miúdo fui difícil de aturar. Fiz muita asneira, se bem que a maior parte delas nem foram do conhecimento dos meus pais até há bem pouco tempo. Isto leva-me a dois pontos distintos : ou os putos são realmente piores hoje em dia, ou então são burros e não sabem fazer nada sem serem agarrados.
Ainda assim, observo quase diariamente as parvoíces que a futura geração vem fazendo quase impunemente, quer por parte dos pais, quer por parte de quem os vê fazer burradas e por intimidação ou por pura despreocupação nada faz para os impedir.
Vejo mentalidades serem moldadas por programas de tv tão intensamente culturais como Morangos com açúcar, novelas e outras tretas do género.
Como é possível que, nomeadamente nas escolas, se dê tanta liberdade aos alunos para vandalizarem e abusarem de tudo quanto podem? Como é possível existirem professores agredidos constantemente sem que nada aconteça aos meninos?
Uma coisa aprendi nestes últimos tempos : os miúdos têm a mania que são maus e comportam-se como se fossem intocáveis, mas essa atitude só dura até levarem a primeira chapada. Daí em diante deixam de ser tão duros e até imploram para não lhes fazermos mal. Acreditem, digo isto por experiência própria e se o pai de algum desses "meninos de ouro" quiser discutir e argumentar comigo, cá o espero.
 
segunda-feira, março 17, 2008, posted by # 7 at 22:10
Já está. A minha primeira meia maratona. Algo que até há bem pouco tempo eu pensava ser impossível de concretizar. Está feito.
Acordei bem cedo, depois de uma noite naturalmente mal dormida, tal era o nervosismo. Fui buscar o meu paizão que fez a mini maratona e lá fomos direitos à 25 de Abril.
Muita gente, muita alegria, muita energia positiva.
O meu coração bateu forte. Sabia bem que desistir não era uma opção. Sabia bem que iria conseguir fazer a totalidade da distância. A minha preocupação era fazer boa figura. Afinal de contas, já corro há mais de um ano, regularmente.
Fiz o meu aquecimento e quando foi dada hora de partir, concentrei-me unicamente na minha passada e na respiração. Nem me lembro bem de ter atravessado a ponte, tal era a minha concentração.
Uma hora, trinta minutos e quarenta e cinco segundos depois ( 01:30:45) cruzei a meta na singela posição nº 672. De referir obviamente que a totalidade de atletas que conseguiram acabar a prova foi de 4772, o que me deixa confortável para afirmar que fiz uma excelente prova, tendo em conta que foi a minha primeira vez em tal distância.
Estou bem. Doem-me naturalmente as pernas mas é normal devido ao ritmo a que me sujeitei na prova. Estou bem e estou feliz. Estou a cumprir coisas que nunca pensei que fosse capaz e estou a provar a mim mesmo que existem poucos limites ao que o nosso corpo consegue fazer.
Outras provas virão e os tempos que fiz terão que ser batidos.
Apenas preciso de muita força de vontade e de algum incentivo de todos vocês que se preocupam comigo.
 
terça-feira, março 11, 2008, posted by # 7 at 12:12
 
, posted by # 7 at 12:11
 
segunda-feira, março 10, 2008, posted by # 7 at 11:45
CONSEGUI!!!!!!! Finalmente decidi definitivamente tentar quebrar a barreira dos 21 km e consegui, surpreendentemente, sem excessivo esforço.

Tudo começou quando o meu pai me resolveu inscrever na meia maratona de Lisboa. Quando ele me telefonou a dizer a novidade até engoli em seco. Então se costumo fazer apenas 12 km e já chego bem cansado ao final, será que irei conseguir fazer 21 km?

Andei a remoer nisto, pois não gosto de me baldar a nada do que me proponha, e quando dei por mim cheguei ao dia de hoje sem nunca ter treinado uma maior distância. É que só falta uma semana para a meia-maratona.
Posto isto, meti na cabeça que hoje era o tudo ou nada e lá fui logo pela matina.
Para variar, quando arranquei meti logo na cabeça que não iria conseguir tal proeza, pois nunca antes tinha tentado. Quando cheguei a meio do percurso que habitualmente faço, ainda me senti tentado em fazer a minha volta normal e deixar isto para outro dia. Mas depois pus-me a pensar : então se eu ando sempre a dizer que não podemos desistir de nada, vou agora começar a fazer precisamente o contrário? NÃO!!! Claro que não.

E assim, lá continuei, um pé de cada vez, a tentar observar a paisagem e quando dei por mim já estava na fase final da distância e o meu corpo não se estava a queixar para além do que é normal. Demorei uma hora e trinta e sete minutos, o que para alguns poderá até ser tempo a mais, mas para a primeira vez que se percorre esta distância eu até acho que está razoável.

Acho que estou no bom caminho para a minha primeira meia-maratona. Pode ser que daqui a uns anitos consiga fazer uma maratona e aí sim, atingir a minha plenitude enquanto corredor.
 
segunda-feira, março 03, 2008, posted by # 7 at 19:00
Crescer, tornar-se adulto e responsável. Parece ser imperativo e inevitável que tal aconteça com todos nós.

Ser adulto é um sem fim de vantagens em relação à idade mais precoce das nossas vidas.
A responsabilidade é vista como um factor que nos fortalece e faz parte fundamental deste jogo a que chamamos vida. Ter condições financeiras para pagar casa, carro, escola dos filhos, saídas à noite, férias, jantares fora. Ser autónomo para se tomar decisões importantes que antes eram tomadas pelos nossos pais, decidir o que fazer e quando o fazer, obviamente dentro dos parâmetros previamente definidos pela sociedade em que nos inserimos, preocuparmo-nos sempre com os tempos vindouros. Tudo isto é a vida, tudo isto é suposto acontecer.
Mas, onde está a fantasia que habitava nas nossas almas há bem pouco tempo, onde estão escondidos aqueles ideais que eram como estrelas guias da nossa vida quando éramos adolescentes? O imaginar de um futuro promissor diferente dos restantes dos comuns mortais, a sã loucura que nos impelia e dava força para afirmarmos as nossas convicções alto e bom som, doesse a quem doesse. Tudo isso parece agora se ter esbatido, bloqueado por uma força criada pela necessidade de nos enquadrarmos nos padrões da sociedade.

Já não há nem uma pontinha de revolta adolescente dentro de vós, adultos? Já não há espaço para a fantasia e para o sonho, por mais ridículo ou grandioso que possa ser?

Só por nos ser imposto determinado comportamento para que sejamos socialmente aceites, será que não podemos transpor os limites da realidade e, ao invés de sonharmos baixinho, gritarmos bem alto toda a insanidade que nos vai na alma?
Olhem para nós, todos crescidos e responsáveis.
Se não se importam, apesar dos meus 30, vou continuar a ser um pouco imaturo.
 
Emanuel Simoes

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