quinta-feira, novembro 25, 2010, posted by # 7 at 23:25

Hoje foi um dia estranhamente estranho para mim. Não que os meus dias sejam banais, até porque a minha vida parece ser uma pequena caixa de surpresas, nos dias que correm, mas hoje, hoje foi estranhamente estranho.

Não costumo, nem gosto de falar de trabalho, especialmente do meu, mas, o certo é que esta semana não foi normal. Tenho uma lesão nas costas, o meu pequeno traquinas está doente e, juntamente com a greve geral do passado dia 24 e com a escola, acabei por trabalhar apenas 2 horas esta semana.
Ora é claro que a especulação entrou em funcionamento e, para não variar, no pequeno grande círculo que é o meu local de trabalho, muitas pessoas tinham as suas opiniões e conclusões a respeito da minha ausência. Digno de uma novela da TVI, suficiente para manter uma família de classe média em frente à TV durante largo período de tempo.

Mas enfim, como quem me conhece sabe, é para o lado que durmo melhor. Esse tipo de pressão deixou de surtir efeito em mim há muitos anos.

Lá fui eu para a escola, após 2 árduas horas de trabalho (por acaso até nem é fácil o que faço) tentar que a minha mente absorvesse pelo menos a generalidade do que o Professor se propôs a transmitir.

Devo dizer que tenho andado desmotivado, com falta de motivação e com a motivação em baixo. Mas esta semana, tão pouco produtiva em termos de emprego, revelou-se imensamente revigorante em termos académicos. Recebi umas mensagens de incentivo, que me deixaram a pensar se desistir será realmente uma opção. Depois, alguém me propôs a elaboração de um trabalho escrito, sobre um tema em particular, que não será relevante para esta postagem. Isso, sinceramente, revigorou-me, transmitiu-me alguma confiança e responsabilidade.

À noite, já em casa, dou por mim sentado a ver uma entrevista com um reconhecido (e muito) treinador de futebol. Digam o que disserem, argumentem o que argumentarem, uma coisa é certa: ser arrogante não é dizer que somos bons quando realmente o somos. Ser arrogante é termos a mania que somos bons e, na realidade, somos banais. O que tem isto a ver com o que escrevi anteriormente? Nada. Ou melhor, TUDO. 

Sozinhos, temos tendência para nos isolarmos ainda mais, para nos concentrarmos nos nossos defeitos. Se nos estenderem a mão, começamos a perceber que talvez tenhamos potencial, que talvez a glória não seja algo tão utópico assim, que se formos humildes, nos podemos dar ao luxo de ser arrogantes.

Isso é ter o poder de se ser poderoso.

Obrigado a todos os que me estendem a mão, mesmo sem promessas de encontrar a terra prometida, mesmo sem ilusões de ser alguém que não sou. Um pequeno voto de confiança faz de mim o ser mais poderoso do mundo, nem que seja por um momento apenas.
 
1 Comments:


At 20 de dezembro de 2010 às 12:00, Anonymous Fernanda

Ao contrário daquilo que pensas, eu nunca deixei de confiar em ti...

 


Emanuel Simoes

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