domingo, novembro 07, 2010, posted by # 7 at 22:23
Estou a escassas horas de completar 33 anos de existência neste maravilhoso planeta, tão repleto de alegrias e motivações pessoais para qualquer indivíduo que nele habite. 33 anos de experiência de vida e, infelizmente, não posso dizer que a maioria do que foi por mim absorvido tenha sido benéfico. Muito antes pelo contrário: tenho a minha família, os meus (pouquíssimos) amigos e a minha força de vontade. De resto, tudo é lixo, tudo é vago, tudo são tristezas e decepções( ou deceções, pelo novo, e igualmente estúpido, acordo ortográfico).
Não me sinto feliz por pertencer a este vasto leque de seres que se auto intitulam de seres-humanos, não aprecio o facto (fato é de vestir) de, cada vez mais, o dinheiro e o poder serem factores decisivos para estar bem na vida e ainda mais desprezo o facto de que, apesar da inteligência ser uma das maiores virtudes que o ser.humano tem ao seu dispôr, quem nos governa tem uma nítida falta dessa mesma condição.
Mas enfim, aqui estou eu armado em rezingão, quando me encontro às portas de uma data que deveria ser de celebração. Celebrar a vida, 33 anos depois de ter sentido pela primeira vez o ar que nos rodeia, a luz que nos ilumina.
Como referi, felizmente tenho a minha família, o meu pilar, a minha luz guia. Tirando isso, tudo em meu redor me causa repulsa, nojo. A mesquinhice, a inveja, o prazer que as pessoas têm em ver os outros em sofrimento, a hipocrisia. Tantos são os defeitos desta triste raça, que é preferível enunciar as virtudes. Pelo menos essas ocupam menos linhas.
Bem, lá estou eu novamente a fugir ao assunto. O tema aqui é o facto de eu estar a ficar velho. Devo admitir, tenho medo da velhice, da morte, de perder o que me é querido. Não gosto de estar a ficar velho. Mas, por outro lado, a nível físico, sinto-me melhor que nunca. Aliás, deixo aqui um desafio, próprio de um cota demente, cujos anos vão retirando toda e qualquer réstia de sanidade: se por aí houver um jovem que queira vir dar umas corridas ou umas pedaladas comigo, chegue-se à frente. Old against new. Quase um título cinematográfico.
Parabéns a mim, então.