domingo, junho 28, 2009, posted by # 7 at 19:25
Agora que costumo vir aqui, dar uma vista de olhos ao que escrevi, ao que sentia na hora e, principalmente, ao que comentam sobre os meus textos, apercebo-me de algo. Por vezes, muitas vezes, as pessoas confundem os meus textos.

Tomam-nos como algo pelo qual passo, factos da minha vida. Mas não meus amigos e inimigos. Nem tudo o que escrevo se refere a mim, à realidade ou a quaisquer ocorrências na minha vida. Por vezes escrevo apenas porque alguma ideia surge na minha mente, vinda do nada, espontaneamente.

Escrevo sobre amor, ódio, sangue, dor, prazer, sem que necessariamente esteja a passar por algo ou seja a pessoa sobre quem escrevo.

É o meu mundo, a fantasia eminente e presente na vida de todos nós. Cada um exterioriza-a da forma que pode, que quer. Outros passam a vida inteira sem o fazer.
Quando escrevo não implica que o esteja a fazer sobre mim, mesmo que os textos sejam escritos na primeira pessoa.

Tenho este meu pequeno mundo, escondido na minha mente, mundo em que me posso tornar quem quiser, quando quiser, sem que na realidade o faça.

Infelizmente, parece que as pessoas, ou algumas pessoas, confundem a fantasia e a realidade. Engraçado, tendo em conta que alguns acham que sou estranho pelos textos que redijo. Pelo menos faço alguma distinção entre o real e a fantasia.

Pinto o meu mundo, arranjo-o à minha medida, encaixo as peças onde quero e não onde têm que encaixar. Planto as minhas árvores, construo as minhas fantasias.

Vivo neste mundo sim, como todos os outros. Mas tal não implica que não possa também viver noutro mundo, onde sou monstro, assassino, salvador, herói, vilão. Onde sou tudo e sou nada, onde posso tudo e tudo é possível. O meu mundo.
 
1 Comments:


At 27 de julho de 2009 às 12:39, Blogger Srta T

Eu passo pela mesma coisa quando escrevo. Mas a gente não controla mesmo como a gente é lido. Nem as nossas ações são sempre compreendidas. Espero que você esteja bem. Estou voltando esse mês depois de um grande jejum. Muita coisa boa...

Um grande abraço a você e a sua família. Continue escrevendo, por favor.

 


Emanuel Simoes

Criar seu atalho