Aceitando tudo o que está para vir eu me mantenho.
Acreditando que o que tem que ser terá que ser por alguma razão, superior à minha vontade.
Mantenho-me firme, contemplando o horizonte, buscando pela luz que nunca me iluminará.
Aceito o que vem e o que me está destinado.
De nada vale refutar, lutar, esbracejar, argumentar. Apenas aceitar.
Mantenho-me no meu posto, tal qual escravo sem direito a pensamento próprio.
Aqui estou, para o que der e vier. Atirem-me com todas as vosas acusações, todas as vossas desconfianças.
Aqui permaneço, como que aceitando o que aí vem, sem forças para lutar, sem vontade para mudar.
Disparem sobre mim, massacrem-me em silêncio, destruam-me furiosamente.
Não me importa, não me transtorna. Desisto. Não lutarei mais.
Lágrimas de sangue, dor, aceitação. Eu aceito.
Adeus.