terça-feira, dezembro 21, 2010, posted by # 7 at 22:29





Sim, eu sei que este ano já falei do Natal. Fi-lo em Novembro e, até o poderia ter feito em Outubro, na altura em que as primeiras alusões à quadra (comerciais) surgiram.

Mas agora cá estou de novo, pois agora sim, é altura de falar da festividade que se aproxima. 

Faltam pouco mais de três dias para o grande dia e, como seria de esperar, a corrida desenfreada aos presentes intensifica-se. Até ao último dia, à última hora. 

Tudo vale para mostrar o quanto nos preocupamos com os outros, mostrar através de bens materiais o quanto alguém é importante para nós. 

Compremos então, e muito, para que não exista sequer a mais remota hipótese de pensarem mal de nós. Quanto muito, seremos nós a ter esse direito, nós que comprámos uma prenda tão útil, tão original e, em troca apenas recebemos esta moldura, ou esta camisola, ou esta garrafa de uma qualquer bebida.


Sinceramente, eu gosto de comprar. Também o faço, também me encaixo de alguma forma nesse padrão consumista. Mas, pelo menos, não sou hipócrita ao ponto de medir o quanto gostam de mim pelas prendas que me dão. Aliás, não sendo hipócrita, terei que deixar igualmente claro que gosto de da mas, adoro receber. Essa treta do ser melhor dar que receber é muito bonito de se dizer. E até tem a sua dose de realidade, se estivermos a falar em relação a crianças ou a pessoas que realmente, mas realmente gostemos muito.


Agora em relação aos outros, aos amigos de ocasião, que apenas se encontram em aniversários, à família que durante todo o ano está afastada, menos nesta linda quadra, às pessoas que vemos apenas durante uma meia hora mal medida, na noite de Natal.....é porreiro dar, pá. Mas é melhor que retribuam o gesto.
 
 
Emanuel Simoes

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