segunda-feira, junho 14, 2010, posted by # 7 at 14:45
4 DB. O 4º ano depois de Beatriz. Hoje, a minha pequena faz 4 aninhos. Já passaram 4 anos desde que a minha vida mudou radicalmente, desde que tive a primeira noção do que se é ser pai, do que é amar alguém sempre, a todo o instante, em todas as horas, minutos e segundos de todos os dias. Bem sei que é costume dizer que parece que foi ontem, mas, realmente, é incrível como tantos anos já passaram. O meu bebé pequenino é agora uma menina cheia de vida, linda e carinhosa, que tantos sorrisos me coloca na face.
Felizmente, hoje não está a chover, tal como aconteceu no dia em que nasceu e no dia do seu primeiro aniversário. Hoje está Sol, está calor e está um dia lindo. Hoje é o dia da minha estrelinha.
Daqui a pouco, vamos fazer uma festinha na escola, com um bolo todo onito, do qual colocarei posteriormente algumas fotos aqui. Mais logo, à noite, nova festa cá em casa, novo bolo. No próximo Sábado.......pois.......nova festa e novo bolo. Há que aproveitar enquanto se pode, para trazer alegria à vida da minha princesa. Já que tanta alegria ela trouxe à minha.
Sinto-me estranho ao constatar o quanto a filhota cresceu, ver o quanto desenvolveu. Ainda há pouco estava a receber a notícia de que iria ser pai e agora já tenho uma filhota bem grande e um rapazola quase com dois anos.
Foi há 4 anos que a minha vida mudou. E apesar de me sentir velho devido ao tempo passar tão rápido, hoje é um dia de alegria.
Amo-te Beatriz, tanto tanto, que não chegaria um planeta para guardar esse amor que sinto por ti. Parabéns filhota.
quinta-feira, junho 10, 2010, posted by # 7 at 20:53
Hoje, logo pela manhã. fui brindado pela presença energética dos meus dois filhos a entrarem de rompante pelo no meu quarto. Os risos e gargalhadas, os gritos e tudo mais, eram intensos. Por vezes, chego mesmo a ficar com inveja da energia que estes miúdos possuem, pois também eu gostaria de usufruir de tal, ao longo do meu dia.
Mas enfim, lá fiquei eu, no meu estado vegetativo, esperando conseguir dormir ainda nem que fossem uns míseros 10 minutos.
A pequena chegou perto de mim, deu-me um beijo e ficou à espera que eu fizesse o mesmo, como normal, e assim foi. A seguir, mais risadas com o mano, carrinhos para aqui, corridas para ali e eu lá fui fechando os olhos.
De repente, sem estar à espera, senti mais um beijo na face. Abri os olhos e lá estava o meu pequeno, com a cara virada, à espera que eu retribuísse o beijo que me deu. Foi o primeiro beijo voluntário do meu pequeno guerreiro. E ainda por cima, beijou e pediu outro em troca.
Apesar de me ter deitado bem tarde na noite anterior e de ter dormido algo mal, tal acontecimento levou a que um enorme sorriso surgisse na minha face. Depois do beijo esperado, o pequeno lá seguiu o seu rumo, com o seu jeito desajeitado, em busca de novas brincadeiras.
Para a posteridade fica o facto de ter recebido o primeiro beijo do meu pequeno, um beijo matinal que me deixou bem disposto, mesmo quando os tempos não são de boa disposição.
Obrigado filhote, por iluminares o meu dia.
, posted by # 7 at 02:05
Um dia, como qualquer outro dia, levantei-me e abri a janela. O tempo estava bom. Algumas nuvens marcavam a sua presença, mas nada que conseguisse afastar os raios de Sol que se faziam sentir.
Olhei para dentro, para o interior do meu lar, onde se encontravam as almas que iluminavam e davam significado à minha vida e observei por largos segundos, enquanto dormiam ainda profundamente, inocentemente, sem qualquer restício de maldade.
Que boa sensação me invadiu naquele momento. Senti que, por breves momentos, todos os problemas e discussões nada significavam, não existiam, não eram sequer colocados como hipótese real.
Os sons suaves do exterior acalmavam-me a alma, mesmo até ao canto mais obscuro e escondido, nas profundezas do meu ser. Sentia-me bem.
Depois surgiste. Como que uma nuvem carregada, inesperada, empurrada por um forte vento que supostamente não deveria existir. Não naquele momento, não aqui, na minha casa. Dominaste-me rapidamente, talvez devido à minha surpresa em te ver. Imobilizaste-me e obrigaste-me a ver. A observar enquanto te divertias morbidamente com as razões de eu estar vivo, enquanto violavas e desrespeitavas a vontade de outros seres-humanos, não olhando a idades ou a nenhum outro atenuante. Massacraste as minhas sementes, os meus bebés. Com contornos de violência desmedida e prazer sanguinário, deste-me a conhecer uma faceta do ser-humano que desconhecia até então.A tua fúria desmedida e sede por caos e terror causaram-me espanto e até medo.
Tantas vezes vejo a lâmina a entrar e sair no corpo dos meus queridos, o som arrepiante da carne a ser dilacerada, destruída. Essa lâmina, com que me tiraste toda e qualquer razão de viver, está gravada em mim, para todo o sempre. Espera. Disse toda e qualquer razão de viver? Perdoa-me. Estou certo de que me perdoarás. Afinal, tenho uma grande razão para viver. Magnânime, soberana, biblíca até. Tu. Sim, tu. Tu és a minha razão de vida. Mas já o deves ter percebido, não é?
Afinal, tanto tempo passou desde o dia em que tudo parecia calmo e sereno, desde o dia em que tudo mudou com a tua entrada em minha casa. Desde o fatídico dia em que resolveste tirar-me tudo o que eu tinha, a vida da minha vida.
Agora, agora estás aqui, novamente perante mim, mas desta vez, com papéis invertidos. És tu quem está imobilizado e eu quem está na posição de poder. Só falta uma coisa; alguém que gostes para que eu te possa dar o mesmo que me deste.Mas tal pessoa não existe, pois só gostas de ti e ninguém gosta de ti. Por isso, vou tirar-te o que mais gostas na vida: tu mesmo.
Começarei por te retirar as pálpebras, para que tudo possas ver, tudo possas sentir. Agora, que já tenho a tua atenção, dedicar-me-ei a pormenores. Talvez a ponta dos teus dedos seja uma boa idéia. Este alicate de corte trespassa-te como se fosses manteiga. Não fossem os teus gritos de dor a perturbar o ambiente, poder-se-ia dizer que estava uma tarde tranquila, tal como a manhã em que me arruinaste a vida.
Sabe tão bem, serrar e cortar estes pequenos pedaços de ti, mostrar-tos logo após os arrancar do teu triste ser. Não pareces nada o homem que foste naquela manhã. Estás menos imponente, menos agressivo, menos autoritário. Só te ouço proferir tristes palavras: "Por favor", "Chega", "Mata-me". Tens que ter calma. Tudo acabará. Não em breve, como gostarias, mas eventualmente, tudo chega ao fim do seu ciclo.
Tanto tempo passei a pensar neste dia, no dia em que te trarei tamanha dor, sofrimento como nunca imaginaste, como não pensaste em momento algum, ser possível de acontecer a alguém como tu, tão mau, tão intimidante. E agora, pedinchas, ora pela vida, ora para que eu termine de vez com ela. Tens que ter calma. Como sabes, a minha sede de vingança é insaciável e, por isso, só me contentarei quando estiver a observar um tronco desmembrado, com espasmos e uma cabeça de olhos bem abertos, espantados pelo trágico fim que a esperava.
Depois, vou arrancar-te os olhos, colocá-los num local de destaque na minha sala, em frente a uma fotografia dos que me tiraste, dos que violentamente privaste de ter uma vida feliz. E aí, eu ficarei feliz. Porque tenho os teus olhos na minha sala e os pedaços do teu corpo na minha arca congeladora.......para todo o sempre.