terça-feira, dezembro 15, 2009, posted by # 7 at 15:17
"Nunca estamos onde estamos e nunca estamos onde deveríamos estar." Esta frase não é minha. E pode causar confusão, fora do contexto correcto. Disse-a uma professora minha, hoje, a respeito das amizades virtuais que todos dizem ter, sendo que algumas pessoas até se gabam de ter centenas de amigos quando, na verdade, é complicado ter um bom amigo que seja.

A frase refere-se ao facto de, quand estamos com outras pessoas, digamos, num café, estarmos constantemente agarrados aos telefones, a enviar mensagens a quem quer que seja. Parece que é impossível manter uma conversa e estar atento à mesma, hoje em dia. Ou seja, estamos ali, mas não estamos ali. E aparentemente, não estamos onde deveríamos estar, que seria junto a quem estamos a contactar por telefone.

Assim, é como se o nosso ser vagueasse num espaço intermédio, sendo que o corpo se encontra em determinado espaço físico, mas a alma, o incorpóreo se encontra distante, difuso numa rede de comunicações que de importante terá muito pouco, quendo relacionada com a atenção que deveríamos dar uns aos outros.

Vivemos agarrados às novas tecnologias, afirmamos ter amigos por todo o lado, ser conhecidos por meio mundo mas, na hora de demonstrar os verdadeitros sentimentos, aqueles que fazem a vida ter significado, encontramo-nos sós. Não queremos saber dos problemas de quem está ao nosso lado, não importa o que este ou aquele pensa, não nos permitimos expressarmo-nos de acordo com o que sentimos. A não ser que seja por sms ou mensagem numa qualquer rede social, claro. Aí somos livres e acarinhados por todos. E igualmente acarinhamos todos.
Obviamente que não sou contra nada disto de que falo, antes pelo contrário. Apenas penso que deveria existir uma maior homogeneidade, um cruzamento entre o real e o virtual que balanceasse ambos, de modo a que nenhum se sobreponha ao outro.

Ou seja, o sentimento está lá, o potencial existe. Só falta saltar do visor para a realidade, da mensagem para o olhar directo.
 
1 Comments:


At 16 de dezembro de 2009 às 12:22, Blogger Fernanda

Cabe a cada um ter a vontade e a "coragem" de tornar real o virtual...

 


Emanuel Simoes

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