domingo, fevereiro 01, 2009, posted by # 7 at 18:57

Já passou um ano desde o duatlo do Jamor 2008, a minha primeira prova do género. Na altura já corria há algum tempo, mas andar de bicicleta era só de vez em quando e a uma velocidade média muito baixa para entrar em competições.

Tive que pedir uma bicicleta emprestada nesse ano porque a minha não era adequada a uma prova destas, e na altura nem sabia bem como funcionavam os pedais de encaixe, quanto mais quais as mudanças a colocar e onde as colocar.
Fomos três pessoas e lá encontrámos mais um colega nosso. Na corrida até nem me dei mal, mas no que diz respeito à btt, esses meus três colegas bateram-me aos pontos. Dos quatro, fui o que ficou em último, tendo obviamente que ouvir umas boquinhas e tal.
Mas é como disse anteriormente, nesse tempo ainda estava "verde".

Este ano as coisas mudaram de figura. Treinei muito durante todo o ano, não só para esta prova mas para todas as outras em que participei. E também comecei a pedalar muito mais depois que comprei uma nova bicicleta.

Depois de ter ficado atrás de todos no ano passado, o objectivo este ano era ficar pelo menos à frente de um deles. Mas durante as minhas últimas corridas de treino comecei a aperceber-me de que estava sempre a diminuir os meus tempos, o que me deu esperança para tentar conseguir alcançar ainda mais.

O dia de hoje esteve mau. Muita chuva, muita lama, enfim, muito difícil tanto para corer como pedalar.
Mas enfim, já lá estávamos e de molhados não passávamos. O melhor era irmos para a frente com aquilo mesmo.

Assim que começou, destaquei-me logo dos meus colegas na corrida de 5 km, mas já estava à espera disso. O meu receio era depois nos 20 de btt, mas como já tinha uma boa vantagem, pensei conseguir mantê-la até chegar aos 2,5 km finais a correr.
Para meu espanto, um dos meus companheiros, na 2ª volta de bicicleta, passou por mim. Na altura eu já estava cheio de cãimbras e até já tinha caído.
Para ser sincero, fiquei revoltado. Tanto treino e agora, quase no final, tinha sido ultrapassado.
Mas é como se diz, a esperança é a última a morrer.

Cheguei ao fim do percurso de btt, constatei que a bicicleta desse meu colega (cujo nome não vou referir porque ele é grande e já me ameaçou de porrada) já lá não estava e lá fui eu para a corrida final.

Ao fim de algum tempo vi-o lá bem à frente e mais uma vez, fiquei esperançoso.
Não abusei no ritmo mas também não deixei que as dores diminuissem a minha cadência. Mantive aquela passada e por fim, já perto da meta, consegui atingir mais que o meu objectivo inicial. Fiquei à frente de todos os meus colegas. Foi muito gratificante, ainda que o último tenha dado muita luta.

Terminei cheio de cãimbras, completamente coberto de lama, incluindo na boca, mas valeu mesmo a pena.
Para o ano há mais e tenho que continuar a treinar para me superar mais uma vez.
 
Emanuel Simoes

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