quinta-feira, maio 01, 2008, posted by # 7 at 23:52
Por vezes, quando conhecemos alguém, sentimos imediatamente aquele à vontade ou aquela desconfiança instintivos sem percebermos bem porquê.
Eu devo dizer que até há bem pouco tempo, fui uma pessoa que julgava os outros logo pelas primeiras impressões, e se em alguns casos acertei no carácter das pessoas, foram bem mais os que errei e que me levaram a afastar-me de potenciais amigos, pelo simples facto de os achar arrogantes, vaidosos, betinhos ou qualquer outra etiqueta que lhes possa ter dado nessa altura.

Felizmente entrei numa fase de mudança e até me comecei a relacionar melhor com pessoas que achava não serem suficientemente boas para mim.

Há que abrir os olhos, afinal, quem sou eu para julgar o modo de ser de outros? O que faço eu para ser o correcto em relação aos demais? Nada, nicles, népia.
Não há feitios iguais, apenas parecidos. E ainda bem que assim o é, pois caso contrário esta nossa miserável vida tornar-se-ia ainda mais monótona.
Apenas temos que dar tempo ao tempo e deixar que os outros nos mostrem o seu verdadeiro "eu" e só aí poderemos julgar, ou melhor, opinar sobre a sua forma de ser.

Óbvio que ainda assim existem pessoas com quem não gosto de me relacionar e reservo-me a esse direito. Posso não ter o direito de julgar os outros, mas ainda posso escolher com quem me quero e não quero dar.

O que aprendi com toda esta mudança na minha vida é que as primeiras impressões podem marcar muito, mas também podem não ser as mais correctas. Toda a gente pode ter um dia menos bom, em que a sua pior face surge perante os outros, e é por isso que temos que dar tempo ao tempo para conhecer as pessoas.
 
1 Comments:


At 2 de maio de 2008 às 18:44, Blogger Srta T

Tenho vivido situações semelhantes. Há pouco tempo lendo Fernando Pessoa me dei conta que a gente não pode perder a capacidade de ser surpreendido pela vida. Há que se ter uma porosidade no viver. E pelo que tenho lido de você aqui, você está se tornando uma pessoa muito porosa, mas inteira por dentro. Bom saber! Continue!

 


Emanuel Simoes

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