Por vezes, quando conhecemos alguém, sentimos imediatamente aquele à vontade ou aquela desconfiança instintivos sem percebermos bem porquê.
Eu devo dizer que até há bem pouco tempo, fui uma pessoa que julgava os outros logo pelas primeiras impressões, e se em alguns casos acertei no carácter das pessoas, foram bem mais os que errei e que me levaram a afastar-me de potenciais amigos, pelo simples facto de os achar arrogantes, vaidosos, betinhos ou qualquer outra etiqueta que lhes possa ter dado nessa altura.
Felizmente entrei numa fase de mudança e até me comecei a relacionar melhor com pessoas que achava não serem suficientemente boas para mim.
Há que abrir os olhos, afinal, quem sou eu para julgar o modo de ser de outros? O que faço eu para ser o correcto em relação aos demais? Nada, nicles, népia.
Não há feitios iguais, apenas parecidos. E ainda bem que assim o é, pois caso contrário esta nossa miserável vida tornar-se-ia ainda mais monótona.
Apenas temos que dar tempo ao tempo e deixar que os outros nos mostrem o seu verdadeiro "eu" e só aí poderemos julgar, ou melhor, opinar sobre a sua forma de ser.
Óbvio que ainda assim existem pessoas com quem não gosto de me relacionar e reservo-me a esse direito. Posso não ter o direito de julgar os outros, mas ainda posso escolher com quem me quero e não quero dar.
O que aprendi com toda esta mudança na minha vida é que as primeiras impressões podem marcar muito, mas também podem não ser as mais correctas. Toda a gente pode ter um dia menos bom, em que a sua pior face surge perante os outros, e é por isso que temos que dar tempo ao tempo para conhecer as pessoas.