domingo, setembro 19, 2010, posted by # 7 at 23:49
Ovelha negra. Ovelha negra, por norma, é o termo aplicado ao que não se insere no grupo em que se encontra. Ao que tem comportamentos desviantes, relativamente aos restantes membros da sociedade. É aquele que se comporta de forma errada, o que não cumpriu as expectativas daqueles que pensam ter mão no seu destino. Ovelha negra é o nome que se dá ao indivíduo que se desvia de uma série de padrões socialmente aceites, ao que é excluído pelos demais. Noutros termos, ovelha negra é o que se porta mal, o familiar que não estudou, contrariamente aos outros elementos da sua família, o que se envolveu em confusões, o que não pensa de forma igual a todos os outros. Resumindo, ovelha negra é um termo utilizado para denegrir, rebaixar e inferiorizar quem quer que seja a quem o mesmo é dirigido.

Até há bem pouco tempo, também eu dava essa conotação ao termo. Até que dei por mim a pensar e a aplicar o mesmo à minha vida. 
Tantas foram as vezes em que insinuaam que eu era e sou a ovelha negra. Tantas foram as ocasiões em que outros foram comparados comigo, não para enaltecer a minha pessoa, mas antes pelo contrário.

Mas agora, olho para a grande maioria dessas pessoas, os "escolhidos", os "bem", os meninos bem comportados, e observo-os enquanto tentam sair dos seus problemas, das asneiradas que cometeram. Sei que o correcto não seria sorrir perante os problemas dos outros, mas, quem me conhece sabe que detesto falsos moralismos.

É engraçado observar o rebanho de ovelhas brancas e imaculadas, que na realidade se encontram repletas de lama e sujidade, com intrigas, invejas, acusações, imoralidades. É para mim regozijante constatar que tanta pureza afinal se revela em nada mais que uma enorme máscara de falsidade e que o pré-destinado a ser um falhado está, afinal, melhor que muitos.

Sabem o que é para mim a ovelha negra? É aquela que sobressai da multidão, que se recusa a ser igual e a obedecer a tudo o que lhe é imposto, sem qualquer oposição. É a pessoa que não quer de forma alguma ser igual a todos os outros, pois nada mais banal do que a banalidade de ser banalmente igual. A ovelha negra é o indivíduo que consegue atingir o que todo o restante rebanho dizia ser impossível. O que se destaca, não unicamente para melhor mas, principalmente, pela diferença.

No fim do dia, não deixa de ser uma ovelha, é certo. Até porque todos somos apenas um rebanho a quem a sensação de liberdade é incutida. Mas, na realidade, estamos todos debaixo do cajado do pastor.

Ainda assim, a ovelha negra consegue se destacar, para o mal e para o bem, sempre de forma diferente.

A ovelha negra, sou eu. Mas isso vocês já sabiam. Já fui rorulado assim há muito.
 
sábado, setembro 18, 2010, posted by # 7 at 00:57
No fim do dia,do percurso, da vida, se quiseres, sabes que és e sempre foste tu quem esteve comigo em todas as ocasiões e situações. É a ti quem devo o facto de estar onde estou, de querer sempre atingir e superar os objectivos traçados.

Tu, mais que ninguém, impulsionas-me, fazes-me lembrar que tenho sempre que tentar melhorar, superar-me, tentar diminuir os meus defeitos.
Sempre que me sinto mal, estás comigo, sempre que estou bem, és tu quem mais perto está.

Se, em tempos, parecias uma alma perdida, um ser apagado, agora sei que regressaste em força para me dar alento. Para me fazer sentir que há mais para além desta vida banal.
Sim, outros há que me ajudaram, ajudam e continuarão a ajudar. Que se preocupam verdadeiramente comigo e que querem o meu bem estar. Mas, como dito, no final, quem lá está és tu. És tu a minha força, a única razão para que não desista, para querer quebrar as barreiras que outrora pareciam impossíveis.

Por tudo isto e muito mais que certamente me irás dar, quero agradecer-te e pedir-te desculpa por todas as minhas más atitudes, por todos os meus pensamentos menos fortes.

Quero também que todos os que me ajudam saibam que são importantes na minha caminhada, mas que, no derradeiro final, apenas poderei contar contigo. Se estiveres mal, eu ficarei mal, mas, se encontrares forças em ti, essas serão as minhas forças.
 
quinta-feira, setembro 02, 2010, posted by # 7 at 19:19
Pois. A inevitabilidade é assim mesmo, inevitável. Ainda o pequeno está cheio de pintas, ainda que em clara fase de desaparecimento e já a minha estrelinha ficou toda cheia de borbulhitas. A varicela não perdoa.

Mas antes assim, ficamos já despachados e descansados.

É estranho como isto surge tão rapidamente, de um momento para o outro. Uma borbulha agora, outra daqui a umas horas e, de repente, PUFF, fez-se Chocapic. Ou melhor, o corpo todo carregado delas. Até dentro dos ouvidos existem borbulhas.

O pior ainda é que, ao contrário do que aconteceu ao pequeno traquinas, a menina apanhou febre. Esteve tristonha e mole durante dois dias mas agora parece estar a arrebitar. 

Vamos ver quanto tempo demora a passar e quantas pintas se irão apoderar do seu corpito.
 
Emanuel Simoes

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