Há algum tempo que um pensamento se fixou na minha memória. Penso muito no facto de ter escrito tanto sobre a minha estrelinha, neste blog e, sobre o meu campeão, as coisas serem mais modestas. Mais que isso, ao visualizar fotografias do tempo em que a pequena era ainda mais pequena, chego à conclusão de que vivi muito mais intensamente essas sensações do que com o pequeno Gabriel.
A princípio pensei que tal fosse normal, visto que a Beatriz foi a primeira, uma situação completamente nova e, consequentemente, uma série de novas emoções foi despoletada. E isso fez-me sentir mal, pois admitir tal seria admitir que senti menos pelo Gabriel.
Mas depois reflecti um pouco e, de alguma forma, descansei. É óbvia a razão pela qual os sentimentos diferem tanto. A Beatriz, nasceu, gordinha, fofinha, e veio para casa. Tudo correu bem, tudo foi maravilhoso. Já o Gabriel, devido a ser prematuro, não pode vir de imediato para a sua casinha. Teve que ficar ligado a tubos, máquinas, sensores. 10 dias de incertezas e incertezas. E aí apercebi-me de que o sentimento não foi menor, foi apenas diferente. O facto de não ter o meu pequeno em casa logo após o seu nascimento criou toda uma barreira emocional que não permitiu que desfrutasse da sua presença como aconteceu com a Beatriz. Mas isso nada tem a ver com a intensidade do amor que sinto por ele. Talvez apenas uma defesa, algo em mim que quer esquecer aqueles primeiros dias complicados.
Eu amo-te pequeno, tanto quanto à tua irmã que também tanto gosta de ti. Sempre e para sempre.