domingo, maio 03, 2009, posted by # 7 at 14:11
Sinto-me doente. Sinto-me mal. Sinto-me sujo e a sujidade sou eu mesmo, o meu corpo, a minha raça. Sinto que não devo fazer parte deste mundo, que nunca deveria ter sido obrigado a cá estar.

Qualquer ser humano tem potencial. Para ser inteligente, ágil, benevolente, amigo, protector, carinhoso. Mas só uma minoria o faz perante todos. Somos carinhosos para com quem gostamos (alguns) , somos simpáticos para quem bem entendemos, mas não há uniformidade.
Porquê não sermos sempre a mesma pessoa para com todas as almas que se atravessam no nosso caminho? Porque não somos bons, do fundo da alma, de livre vontade e não por obrigação?

Porquê? Porque, embora tenhamos potencial para ser grandiosos, para que as nossas almas brilhem intensamente mesmo na noite mais escura, somos uns porcos. PORCOS.
Só nos interessa o dinheiro, as aparências, só nos interessa encher bem a barriga e fazer com que alguém faça o trabalho duro por nós. Vivemos com a ideia de que somos detentores da razão lógica e inventamos guerras absurdas para nos eliminarmos mutuamente, com desculpas absurdas como diferentes ideais religiosos ou mentalidades políticas adversas. Somos animais dotados de mais inteligência que os restantes filhos da natureza, mas nem por isso fazemos uso do dom que nos foi tão injustamente dado.

Evoluímos positivamente até ao ponto em que recusamos essa evolução e seguimos pelo caminho mais fácil. O da destruição.
 
Emanuel Simoes

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