Hoje foi dia do pai, e apesar de ter os melhores filhos do mundo, as crianças mais apetecíveis que um homem pode querer, não posso dizer que foi um bom dia.
Começou por volta das 02:30 da manhã, quando a minha estrelinha começou a tossir constantemente. Já nem conseguia fechar os olhos só de a ouvir. Passado algum tempo, levantei-e, fui ao quarto dela e constatei que ela estava toda torta na cama. Endireitei-a e a tosse lá foi acalmando.
Pouco tempo depois, foi a vez de preparar o leite do bebé que reclamava com fome. Tratei das coisas como habitualmente, e também como habitualmente, quando acabei de lhe dar comer, não consegui dormir.
Passava pouco das 4 quando o meu telefone tocou. Era a minha sogra e, como todas as notícias dadas neste horário, as novidades eram e foram más.
Tentaram furtar-me o carro. Abriram-no, ainda arrancaram, mas depois foram tão brutos que destruíram a coluna de direcção, impossibilitando a condução da viatura. Deixaram o carro no meio da estrada e fugiram, ao perceber que o seu plano tinha falhado. Pelo menos para este carro, porque pelo que soube, mais tarde roubaram outro no Montijo para assaltarem um café no Pinhal-Novo.
Ainda andei pelo bairro juntamente com o meu sogro, com a esperança ilusória de apanhar alguém a tentar roubar outra viatura, mas de nada valeu.
Escusado será dizer que, nesta noite, já nada dormi.
Andei o dia todo dormente. Só saí para ir à festa do dia do pai na escola da menina e ainda assim, pouco participei. Foi uma treta.
O que me safou no meio disto tudo foi "o dia da prenda do pai" como a minha pequena diz.