terça-feira, julho 03, 2012, posted by # 7 at 17:01
É oficial: deixei de ser viciado em desporto.
Já não estou constantemente a pensar na forma física, no ter a obrigação de agarrar na bicicleta e ir pedalar, de ir ao ginásio para ganhar alguma massa e definição muscular.
Não, isso é coisa do passado. Está definitivamente ultrapassado.
Agora penso apenas e somente em correr. Correr muito, devagar, depressa, em esforço, a sorrir, enfim.......correr.
Nesta fase da minha vida, posso afirmar sem qualquer tipo de exagero que todas as noites sonho que estou a correr. No mato, nas montanhas, rodeado de neve, em florestas magicamente iluminadas, corro e corro sem destino, sem aparente razão. Apenas correr pelo prazer que me dá.
Não me interessa se as poucas formas musculares que tinha na parte superior do corpo tendem em desaparecer com esta minha insistência em correr. Aliás, a vaidade em torno do corpo, ainda que não me tenha abandonado totalmente, começa a fazer-se sentir cada vez menos.
Não há um dia, um só dia em que não lamente não ter começado a correr em mais tenra idade, em ter abraçado este estilo de vida quando a energia fluía por todo o meu ser.
Agora, não posso aspirar a ser o melhor, a quebrar recordes. Apenas posso tentar fazer o melhor que sei e quebrar as minhas próprias barreiras.
A verdade é que já quebrei muitas. Nunca pensei chegar ao nível em que estou hoje. Mas, por outro lado, descobri que, cada barreira quebrada, depressa é esquecida e cedo anseio por novos desafios.
Apetecia-me sair a correr e não mais parar, não mais me preocupar com as ninharias inerentes a um mundo que vive exclusivamente centrado em posses, dinheiro, poder, arrogância, miséria.
Se existe liberdade, para mim, é naquele momento em que vou a correr. As pernas podem doer-me, pode estar-me a custar respirar, as subidas podem ser tão íngremes que me façam ter de abrandar bruscamente. Mas cá dentro, bem no cerne da minha alma, estou a sorrir e estou livre nesse momento.
Pode ser que um dia deixe de lado os meus medos, as minhas dúvidas, os meus "e se?" e parta em busca de nada. De nada e de tudo.
Não consigo ler o post mais recente, aparentemente foi apagado, só não sei se foi eliminado pela sua pessoa, mas caso não tenha sido isso, gostaria de ler...
Domo.