Hoje vi um filme que, embora nada tenha a ver com o sentimento que me leva a escrever este post, tem uma frase que me fez pensar. A certa altura, uma das personagens diz ao seu pai que nunca haverá melhor pai que ele. E eu fiquei. Fiquei pensativo, sonhador. Pensando se um dia terei a sorte de um dos meus filhos dizer o mesmo, que nunca haverá um pai igual a mim.
Eu sei que me esforço, mas também sei que erro, que por vezes perco o controle e deixo transparecer o pior de mim.
Ao longo dos dias em que passei neste triste e desolador planeta, fui-me apercebendo de que o que realmente importa, é a forma como os meus filhos olham para mim, a forma como se comportam como estão comigo. O beijo que o meu pequeno me dá de manhã, a felicidade da minha estrelinha, quando me pede para fazer músculo e eu (com muito esforço) lá consigo armar-me em mauzão (aquele sorriso é demais), o pirralho a desafiar-me para lutas com colheres de plástico....... Enfim, apercebo-me de que essas são as verdadeiras razões para estar vivo, para ambicionar a algo mais.
Os carros, casas, férias, roupas, tudo e tudo, são meros adereços que apenas servem para que os outros (quem eu não conheço minimamente nem me interessa a opinião) pensem por breves momentos que eu estou tão bem na vida.
Mas uma coisa é certa, se os que me rodeiam não gostarem de mim, a vida é triste. Se a minha família não me apreciar, a minha existência será penosa. E se os meus filhos não virem em mim um exemplo a seguir, nada estou aqui a fazer.
Espero que um dia me perdoem pelos meus erros. Espero que um dia me considerem verdadeiramente e sinceramente, o melhor pai do mundo.