Mais uma vez me sinto como aquilo que realmente sou: um monstro.
Não porque sou mau ou porque faço mal às criancinhas, ou porque persigo as pessoas. Nada disso.
Sou um monstro porque não me consigo encaixar com nada nem com ninguém. Porque não tenho paciência para as parvoíces existenciais da adolescência nem para o extremismo existencialista dos mais velhos.
Sou um monstro porque me encontro num caminho isolado, escuro e sombrio, em que apenas eu encontro uma réstia de luz, que me guia para onde realmente quero estar. E a verdade é que, apesar de me sentir só, isolado, mal compreendido, é precisamente assim que quero estar e é precisamente isso que faz de mim o monstro que sou.
Sou como um buraco negro, que, apesar do seu aspecto vil e repugnante, atrai para si tudo o que se encontra em seu redor.......apenas para a seguir aniquilar e destruir tudo o que ousa chegar demasiadamente próximo.
Sim, eu sei que revelar as fraquezas é a maior das fraquezas. Mas, sabem que mais? Não é por isso que me tornarei fraco e desprevenido.
Continuo e continuarei a ser o monstro que sempre fui, porque o mundo não merece que eu tente mudar. As pessoas não merecem o esforço.
Por mim, podem todos continuar a criticar quem sou, que eu apenas sorrirei, sem realmente responder.