terça-feira, fevereiro 15, 2011, posted by # 7 at 16:35





Já começa a ser hábito, cada vez que vou a uma prova, nomeadamente a um duatlo, apanhar chuva e lama. E por já começar a ser hábito, também eu já deveria estar acostumado a essas condições.

Certo é que desta vez, no duatlo das Lezírias, foi simplesmente demais. Todas as anteriores referências a lama, chuva e vento, se tornam verdadeiras rincadeiras de criança quando comparadas com esta última prova a que fui. Todos os 9 km de corrida e os 30 km de bicicleta foram feitos debaixo de chuva intensa, vento forte e lama. Lama que nunca mais acabava. Km e km de lama, que me entrava pelos olhos, pela boca, pelos ouvidos, enfim, por todo, mas todo o lado mesmo.

Nunca tinha pedalado nem corrido em condições tão adversas. Tanto que, desistências foram mais de cem. Eu próprio dei por mim a pensar em desistir, já que a bicicleta quase não punha mudanças e os travões deram o berro, logo no início. Mas não desisti. Não consegui.

Forcei mais um pouco, com os olhos a arder devido a toda a quantidade de lama, água e pedras que neles entravam, pedalei muitos metros de olhos fechados, mas cheguei ao fim.

Mas, sinceramente, acho que vou deixar de participar em provas destas, caso as condições atmosféricas sejam similares às deste passado dia 13 de Fevereiro.

Acho que ainda tenho terra nos olhos.
 
Emanuel Simoes

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