Fiz tudo aquilo a que me propus.
Agarrei na bicicleta e percorri os 149 (não 160 como pensava) km, debaixo de um Sol escaldante, típico do interior alentejano. É que, ao invés de arrancar na madrugada de 2ª Feira como o previsto, saí de casa às 11:30 de Domingo, debaixo de um Sol abrasador, de um calor infernal.
Pedalei, subidas, descidas, vento, calor, muito calor. Bebi cerca de 5 litros de água ao longo de toda a viagem e demorei 6 horas a pedalar. Os meus pés doíam, as minhas pernas ardiam, mas a minha vontade manteve-se intacta.
Tive algumas buzinadelas de apoio, uns olhares estranhos, como que a pensarem que raio estava eu a fazer, mas tudo faz parte, tudo conta para a experiência.
Ainda assim, preparei-me demasiadamente bem, tendo em conta que poucas foram as vezes em que comi, ou melhor, só parei para comer uma vez, o que fez com que andasse carregado com sandes, pizza e barras energéticas para nada. Comi 2 fatias pequenas de pizza e uma barra. De resto foi só água, muita água.
Mas foi duro, principalmente aquela subida com mais de 10 km de comprimento. Aí penei e sofri, até disse algumas asneiras alto e bom som......para apenas as árvores e o alcatrão ouvirem.
Soube bem chegar, tomar banho e comer. Descansar. Foram 6 horas de pedaladas constantes, 6 horas que há bem pouco tempo atrás não esperava conseguir. Agora que concluí esta minha aventura, começo a pensar noutras, mais distantes, mais duras, mais intensas.
