sábado, outubro 11, 2008, posted by # 7 at 21:43
Hoje fiz a minha primeira meia-maratona em btt.
Levantei-me bem cedo, fui ter com os meus colegas e lá arrancámos, num meio de transporte bem pitoresco por sinal. Daqui a algum tempo colocarei aqui fotos da sublime viatura.

O dia estava instável. Calor tropical, nuvens no céu e algum receio da chuva que poderia vir. Bem dito bem certo. À chegada a Alcácer, a água começou a cair sobre o vidro frontal do nosso transporte. A temperatura começou a descer e eu, como bom amador, apenas de camisola de manga curta.

Enquanto esperávamos até ser dado o sinal de partida, a chuva intensificou-se, assim como o frio. Parecia um pinto, completamente encharcado. As gotas caíam do capacete para o chão em pequenos rodopios causados pela brisa fria.

Finalmente foi dado o sinal, e quando eu pensava que era hora de aquecer, constatei que afinal o arranque era só um dos arranques. Ou seja, partimos, andámos uns metros valentes, apenas para tornar a parar mais à frente, no verdadeiro ponto de partida.

Apesar das contrariedades, chuva e frio, lá fomos, a um ritmo que cedo nos fez aquecer.
Inscrevi-me na prova dos 66 km, com algum receio, visto ser a minha estreia em provas do género, e de haver uma de quarenta e poucos quilómetros.
Ainda assim, constatei agradavelmente que estou em boa forma e que os meus receios eram infundados. Óbvio que houve algumas partes em que a dificuldade foi maior, mas nada que não se superasse.

Porém, algo tremendamente mau me aguardava.
Quando já me imaginava a cortar a meta, com um bom tempo, por sinal, eis senão quando a minha corrente se parte.
Percorria na altura um trilho bastante arenoso, utilizando para isso alguma força para a bicicleta não parar. Ao que parece a força foi excessiva e a corrente acabou por ceder. O conta-quilómetros marcava 60 km.
Ainda fiz mais dois sem corrente, mas nenhum dos participantes que passou por mim se disponibilizou para me ajudar.

Sinceramente e sem medo de ser criticado, o que senti foi revolta, fúria, vontade de atirar a bicicleta de uma ribanceira abaixo.
A 4 km do fim tive um azar tremendo e, pior que isso, ninguém me quis ajudar.
Ok, competição é competição, mas ainda assim não entendo. Eu certamente ajudaria qualquer um que me pedisse auxílio, mas pronto, não é uma obrigação.
Assim sendo, tive que ir de carrinha até perto da meta, não tive classificação e fiquei completamente desiludido.

Faz-me confusão o facto de não me terem ajudado e da organização não fornecer auxílio mecânico aos atletas, mas para a próxima voltarei a dar o meu melhor, desta vez mais bem preparado.

O que posso dizer é que esta prova foi uma para esquecer.
 
Emanuel Simoes

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