sexta-feira, novembro 09, 2012, posted by # 7 at 18:43





E pronto. Já há sete meses e meio que não acontecia, mas hoje foi mesmo: mandei um tralho de bicicleta.

Obviamente e felizmente, o acidente de hoje nada teve a ver com o último, em Março, em que fraturei a cervical, esmaguei o capacete e todas aquelas tretas que me deixaram temporariamente entrevado. Aliás, desde então, nunca mais me atrevi a ir pedalar para o mato. Só estrada.
Só que a estrada tem esta desvantagem, quando chove e a água se mistura com algum óleo no pavimento: fica escorregadia, principalmente quando se vai a uma velocidade superior a 25 km/h, a contornar uma rotunda.

Assim que deitei um pouco mais a bicicleta, senti a roda de trás a perder aderência e lá fui eu, como que a deslizar numa pista de gelo.
Resultado: roupa rasgada e algumas feridas, nomeadamente no tornozelo, no joelho, na nádega e no braço. E estes da nádega e do braço é que me vão lixar a noite, já que são feridas grandes. O braço ficou inclusivamente preto, de queimado pelo alcatrão. E estava de manga comprida. Se andasse à veraneante estava bem tramado.

Agora é aguentar estar dorzitas e calar.
Só nunca cai quem nunca anda.    
 
 
, posted by # 7 at 14:19





Ia começar a escrever este post a fazer referência ao facto de que parece ter sido ontem que aqui escrevi, relatando o meu 34º aniversário. Mas não. A verdade é que parece que foi ontem que aqui escrevia sobre o facto de ter atingido os 30 anos de idade. E nos entretantos, já se passaram 5 anos.

É incontornável e inevitável, esta história da velhice, por isso de pouco vale estar para aqui a lamentar-me sobre o estar a ficar mais velho, de o tempo passar a correr e tretas do género.
Facto: estou mais velho e não há volta a dar. Passemos à frente.

O dia começou normal. Despertador a tocar cedo, para levar os meninos à escola.
As contrariedades começaram depois, passadas algumas horas. Telefonema da escola da minha estrelinha, para a ir buscar, pois ela estava a vomitar. Lá fui eu buscar a menina, que por sinal, voltou a vomitar no quintal, quando chegámos a casa.
Depois a coisa parece que melhorou e consegui ir dar uma pequena volta de bicicleta, para festejar desportivamente o meu anversário. 52 km para esticar as pernas e abrir o apetite para a jantarada.

Quando cheguei do treino, já a pequena estava toda contente a dizer que ja tinha passado a dor de barriga. Música para os meus ouvidos.

À noite teve lugar um belo jantar, na companhia da minha família, da família que interessa e que faz falta na minha vida. E tudo correu bem.

Apesar da tristeza de estar a ficar mais e mais velho, o dia foi bom, o pequeno problema da menina nada mais foi que uma má disposição temporária e tudo correu bem.

Que para o ano se repita, com toda a excelência.    
 
quarta-feira, novembro 07, 2012, posted by # 7 at 19:20





Nos últimos dias, ou últimas semanas, tive a sorte de conseguir ir fazer uns treinos na zona da Arrábida, ainda que ago condicionado, devido a uma lesão.
Mas condicionado ou não, a verdade é que adoro treinar na serra, correr no meio da natureza, sentir-me longe da civilização, dos carros, até mesmo das pessoas.

Fiz treinos bem matinais, sendo que me levantei por volta das 05:00, 05:30 e comecei a correr ainda o Sol não havia dado sinal de si. Aliás, pelo menos em dois desses treinos, tive o privilégio de assistir ao nascer do Sol. E que bela visão que é, que belo sentimento, estar ali de manhã bem cedo, quando a maioria das pessoas ainda se encontra a dormir e ver os primeiros raios de Sol a rasgarem o céu.
É realmente uma sensação pela qual vale a pena abdicar de umas horas de sono.

Mas nem tudo é bonito, nestas andanças dos treinos no mato.

Infelizmente, km após km fui constatando uma triste realidade: a do lixo na serra.
Por um lado, temos alguns locais onde são deixados propositadamente lixos. E obviamente que as pessoas que têm tais atitudes são simplesmente desprovidas de qualquer discernimento e não têm o mínimo remorso em relação ao que estão a fazer.  
Depois temos as garrafas de cerveja ou vinho, que esporadicamente vão surgindo pelo caminho. Não sei se são pastores mais solitários que levam a sua beberagem para a serra e depois não têm o mínimo de consciência ambiental, ou se são jovens que para ali vão em noites mais animadas e fazem tamanha besteira. A verdade é que constitui um acto irreflectido e é pena que existam pessoas destas.

Mas o que realmente me perturba mais, o que mexe comigo pessoalmente, são as inúmeras embalagens vazias de gel e de barras energéticas que os praticantes de btt simplesmente atiram fora, depois de consumidos. E as câmaras de ar deixadas pelo caminho, aquando de um furo.

Então, quer dizer, andam por aí estes auto-intitulados atletas, ou pseudo-atletas, que muito provavelmente se gabam mais do que aquilo que conseguem pedalar, que se vangloriam nos cafés, empregos e casas, em como são praticantes de desporto, e depois fazem isto? Referem o contacto com a natureza e o ar puro das serras e depois sujam os caminhos por onde passam?
Mas o que se passa na cabeça destes energúmenos afinal? Será que realmente não se apercebem de que estão pura e simplesmente a destruir os locais que ainda lhes vão proporcionando algum contacto saudável com a natureza?

Repugna-me, sério que sim. Ver esta corja, esta ralé que não tem o mínimo de respeito pela natureza e, consequentemente, uns pelos outros, por mim.
Eu corro com embalagens vazias nas mãos, dentro dos calções, quando tem que ser. Eu recuso-me a contribuir para a destruição de um local que tão bem me faz sentir. E se algum dia assistir a alguém a deitar lixo para o chão, garanto que pelo menos chamo a "pessoa" à atenção.

Seguramente, não havendo desculpa para poluir a serra, os pastores ou os jovens noctívagos terão menos obrigação em manter a natureza a salvo desta praga, do que estes ditos amantes do mato, atletas de meia-tigela.    
       
 
Emanuel Simoes

Criar seu atalho