sexta-feira, fevereiro 02, 2007, posted by # 7 at 23:29

Já alguma vez se sentaram à mesa para mais uma refeição e pararam para pensar em como são abençoados por poderem usufruir de tal regalo? Já pensaram na hipótese de um dia perderem o vinho que bebem, os alimentos que comem ou a casa onde vivem. Não é assim tão difícil. Basta um passo errado na vida e tudo se perde. Nada é garantido a não ser que sejamos extremamente abastados. Ainda assim, seria bom termos consciência da sorte que temos em ter uma cama para nos deitarmos à noite, após um café com amigos depois de um belo jantar. Quantos não matariam por tal oportunidade? Não digo que tenhamos obrigatoriamente que contribuir para os menos favorecidos, mas ao menos que paremos um dia e tenhamos a coragem de agradecer a quem quer que seja que acreditemos por termos tais confortos e luxos. Se todos os tivesse, o mundo seria um melhor lugar.
 
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At 8 de fevereiro de 2007 às 21:19, Anonymous Anónimo

Autor do texto - João Pereira Coutinho, jornalista.

Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades.

Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos.

Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar.

Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis. E um exército de professores explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.

Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida – mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito.

É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.

Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac.

É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima. Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!

Eu sou rica!!! Tenho Amigos com A grande... tenho uma Família recheada de sentimentos puros e lindos... Tenho a minha princesa e tenho o meu anjo que me iluminam o caminho todos os dias.
Sou Feliz e faço por passar um bocadinho dessa felicidade todos os dias para quem me rodeia. A nossa maior riqueza está dentro do nosso coração e cabe-nos a nós, enquanto mães, pais, amigos, professores, colegas,..., distribuí-la por toda a Humanidade.

 


Emanuel Simoes

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